Promessas do Chega? "Quando a esmola é grande, o pobre desconfia"

O vice-presidente do Partido Social-Democrata Paulo Rangel disse que houve uma "descredibilização" do Chega na VI Convenção Nacional do partido liderado por André Ventura.

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Notícias ao Minuto
16/01/2024 07:53 ‧ 16/01/2024 por Notícias ao Minuto

Política

Paulo Rangel

Paulo Rangel, vice-presidente do Partido Social-Democrata (PSD), disse, na noite de segunda-feira, que o que "saiu" da VI Convenção Nacional do Chega foi "o mais puro populismo".

"É uma coisa que os portugueses têm que pensar, se querem gente responsável no Governo, que seja a verdadeira alternativa ao Partido Socialista (PS), ou se querem pessoas que prometem tudo e o seu contrário, que prometem tudo a todos", afirmou Rangel no programa Crossfire, da CNN Portugal, atirando: "Há um ponto que qualquer pessoa perceberá. Quando a esmola é grande, o pobre desconfia. Não é credível uma pessoa que diz que vai aumentar tudo a todos, que vai reduzir os impostos, que vai arranjar receitas em todo o lado, mas sem nunca quantificar".

No mesmo comentário, reforçou a crítica de que o PS e o Chega são "aliados táticos", numa "cumplicidade objetiva" que se tem "verificado sistematicamente". "É um erro, essencialmente, por parte do PS, mas o PS lá saberá o que faz", continuou, alertando que "para quem tanto gosta do regime democrático e anda sempre com proclamações, normalmente um pouco pomposas, de democracia na boca, talvez outro tipo de postura seria melhor".

"Houve aqui uma clara descredibilização do Chega e isso vai ter um impacto eleitoral forte, concentrando aquilo que é o voto útil. Quem quer uma alternativa ao PS, votará na Aliança Democrática", assegurou Rangel no mesmo comentário político.

A VI Convenção Nacional do Chega terminou no passado domingo, em Viana do Castelo, culminando na eleição dos órgãos nacionais, na votação das alterações aos estatutos do partido e num polémico discurso de André Ventura, que foi, no sábado, reeleito presidente da estrutura partidária.

Leia Também: "Aqui não anda ninguém a vender um Portugal que pode dar tudo a todos"

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