Esta garantia foi deixada por André Ventura, em declarações aos jornalistas, antes de participar numa palestra na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, altura em que foi questionado sobre se fará o mesmo que a coligação Aliança Democrática (PSD-CDS-PPM), que remeteu hoje todas as contas para um quadro macroeconómico que será apresentado em breve.
Ventura garantiu que tal quadro será apresentado quando o programa eleitoral for também divulgado, o que acontecerá "nos próximos dias".
Sobre as propostas que anunciou na 6.ª Convenção Nacional do Chega, em Viana do Castelo, nomeadamente equiparar as pensões mais baixas ao salário mínimo nacional, Ventura reconheceu que "é muito dinheiro e ninguém esconde isso" mas voltou a insistir que o financiamento terá origem numa taxa sobre os lucros da banca, o "combate à corrupção e à economia paralela", acrescentando a criação de uma taxa sobre os lucros das gasolineiras que "será de 40%".
Questionado sobre quanto poderá valer esta medida, Ventura respondeu que o partido quer "criá-la e avançar com ela para a poder estudar", tendo apenas "uma estimativa", sem concretizar valores.
O líder do Chega disse também que colocará o seu lugar à disposição - "de líder do partido, de primeiro-ministro, de ministro" - caso não consiga equiparar as pensões mais baixas ao salário mínimo nacional.
André Ventura foi ainda questionado sobre as críticas do secretário-geral do PS, que o acusou de mentir, respondendo que Pedro Nuno Santos "tem cadastro, não tem currículo" para ser primeiro-ministro.
O líder do Chega considerou que Pedro Nuno Santos "é um mau candidato a primeiro-ministro, não tem currículo, não tem credibilidade para ser primeiro-ministro e cada vez que fala fica pior".
Ventura estendeu ainda as suas críticas ao líder do PSD, Luís Montenegro, dizendo que existem "dois candidatos a primeiro-ministro que acham que não têm que ganhar o poder, o poder há de cair-lhes no colo".
[Notícia atualizada às 18h03]
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