Madeira? "O que interessa é garantir a governabilidade da região"
Miguel Albuquerque avançou, esta quinta-feira, que terá uma reunião com o Representante da República na Madeira na próxima segunda-feira.
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Política Madeira
O presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, disse, esta quinta-feira, que "o que interessa é garantir a governabilidade da região", e que não haja "um hiato muito longo que ponha em causa o seu funcionamento".
Aos jornalistas, desde o Funchal, no fim da reunião do Conselho Regional do PSD/Madeira, Albuquerque informou que terá uma reunião com o Representante da República na região autónoma, na próxima segunda-feira, "e o que resultará daí será a auscultação dos partidos, no sentido de apresentarem a solução".
Rejeitou, no entanto, avançar qualquer sugestão sobre quem será o seu sucessor. "Isso depois será transmitido pelo partido aquando da audiência com o Representante da República", disse. Deixará de ser líder do PSD/Madeira, por outro lado, "logo que for oportuno e se convocar um congresso".
Sobre se será exonerado logo na segunda-feira, ou não, o líder do PSD/Madeira afirmou apenas: "A partir do momento em que o Representante da República dá o despacho, sou exonerado do Governo [Regional]".
"O regime na Madeira é um regime parlamentar puro e, nesse sentido, temos condições neste momento para, com a minha demissão, [fazer] a apresentação de um novo Governo, com um novo programa de Governo e um novo Orçamento, no sentido de garantir a governabilidade da região e, sobretudo, assegurar não um hiato muito longo que ponha em causa o funcionamento da região", disse.
"A legitimidade que foi outorgada pelos madeirenses e porto-santenses há quatro meses mantém-se intacta", declarou Miguel Albuquerque, considerando que seria "catastrófico" que a região ficasse com um governo em gestão "até julho" e que não há "condições para discutir um orçamento" regional.
"Aquela proposta, que o PSD/Madeira apresenta e que foi aqui votada, foi no sentido de garantir que esta maioria, legitimada há quatro meses, tem todas as condições para assegurar a estabilidade política, continuar a assegurar confiança na região", disse, relativamente à coligação PSD-CDS que governa a ilha, com apoio do PAN, na sequência das eleições de setembro do ano passado.
Albuquerque afirmou que o PSD está a ser um partido "maduro", que "não está histérico nem aí aos saltos e tem feito as coisas com moderação".
Falando sobre o processo em que é suspeito de corrupção e arguido, afirmou que está "disponível" para ser ouvido "em qualquer altura". Sobre o eventual levantamento de imunidade, confirmou: "Perco a imunidade no dia em que deixe de ser presidente do Governo [Regional]". Tal acontecerá quando será emitido o decreto oficial da demissão.
"Ninguém pode ser linchado na praça pública", reiterou, garantindo que "é preciso que as regras fossam cumpridas". "Não vou fugir para lado nenhum", defendeu.
[Notícia atualizada às 20h58]
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