A deputada socialista Alexandra Leitão, que coordenou o programa eleitoral do PS, fez a primeira intervenção da sessão, que decorre no Teatro Thalia, em Lisboa, e que será encerrada pelo secretário-geral deste partido, Pedro Nuno Santos.
Na sua intervenção, com cerca de 10 minutos, referiu que o programa do PS, intitulado "Plano de Ação para Portugal inteiro", foi elaborado de forma "participada" por "muitas centenas de simpatizantes socialistas de todo o país", designadamente através das redes sociais, e apresenta cinco missões que considerou fundamentais.
"A primeira missão é a criação de uma economia mais inovadora", declarou, dizendo que esta meta passa pela continuação das apostas nas energias renováveis, na ciência e nas tecnologias, assim como por um caminho de reindustrialização do país.
"Uma economia mais sofisticada capaz de pagar melhores salários", disse, antes de se referir à segunda missão: "Um Estado social mais moderno e inclusivo".
Neste ponto, a ex-ministra, além da preservação da centralidade da escola pública no sistema de ensino, considerou essencial o reforço dos investimentos no Serviço Nacional de Saúde e a sua reforma. Alexandra Leitão acentuou a palavra "reforma".
"Queremos melhorar o SNS e não a sua privatização ou descapitalização", declarou, recebendo palmas, numa parte da sua intervenção em que colocou como prioridade "a proteção dos cidadãos mais vulneráveis".
Na terceira missão, com o título "território inteiro", Alexandra Leitão defendeu a regionalização e a continuação do aprofundamento da descentralização, bem como o aproveitamento das potencialidades do mar.
Já na quinta missão, sobre o objetivo de promover uma democracia de qualidade, a coordenadora do programa eleitoral do PS lançou um ataque à extrema-direita, mas sem referir diretamente o Chega.
"Precisamos de uma democracia resiliente ao populismo. Os extremismos e o retrocesso social combatem-se com mais democracia", sustentou, numa parte da sua intervenção em que falou da intenção de os socialistas introduzirem políticas que contribuam para um sistema de justiça "mais transparente".
Depois de falar em políticas de igualdade, Alexandra Leitão fez uma alusão indireta aos protestos dos agentes da PSP e dos militares da GNR, dizendo que Portugal "precisa de forças de segurança valorizadas" nas suas funções e que sejam uma garantia de defesa da lei do Estado de direito democrático.
A quinta e última missão do programa eleitoral do PS é dedicada ao tema do papel de Portugal na Europa e no mundo.
Leia Também: AO MINUTO: "O programa económico do PSD é verdadeiramente um embuste"