Ucrânia? Apoio "tem de ser inquestionável" para o próximo Governo

O presidente do Chega, André Ventura, defendeu hoje que o apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia "tem de ser inquestionável" para o próximo governo que sair das eleições legislativas de 10 de março.

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Lusa
24/02/2024 19:13 ‧ 24/02/2024 por Lusa

Política

Guerra na Ucrânia

"Independente de quem seja governo no dia 10 e dentro destes três partidos PS, PSD e Chega, o apoio à Ucrânia tem de ser inquestionável", defendeu.

André Ventura garantiu que assim será da parte do Chega, "independentemente do contexto europeu, independentemente da eleição do próximo Parlamento Europeu".

O presidente do Chega defendeu que o próximo executivo deve manter a reforçar o apoio militar à Ucrânia, mas também o apoio humanitário e garantir que "a União Europeia consegue, independentemente das eleições americanas, manter o apoio".

"Não deixaremos a Ucrânia ficar sozinha ou perder esta guerra. É importante que todos, inclusive os meus aliados na Europa, percebam isso, se a Ucrânia perder esta guerra, somos todos nós que perdemos a guerra", alertou.

A questão surgiu durante uma conversa com uma cidadã que abordou André Ventura durante uma arruada na zona da Praia da Areia Branca, na Lourinhã (distrito de Lisboa), na véspera do arranque do período oficial de campanha para as eleições legislativas de 10 de março.

O presidente do Chega, que é também cabeça de lista pelo círculo de Lisboa, indicou que não apoiará uma recandidatura de Ursula von der Leyen para mais um mandato à frente da Comissão Europeia.

Questionado pelos jornalistas sobre quem vai apoiar, o presidente do Chega respondeu: "Neste momento, está a haver conversações entre vários partidos do ID para ver quem pode vir a ser candidato, e depois veremos. Mas há uma coisa que sei pelas conversas que tenho tido em Bruxelas com os líderes do ID é que vai haver uma grande candidatura à presidência da Comissão Europeia".

"Para nós há condições importantes, mas em princípio será o nosso candidato", indicou, especificando que uma dessas condições é o apoio à Ucrânia, que disse ser "fundamental".

"Há uma condição para nós que seria também disruptiva e seria motivo para não apoiar, que era caso o apoio à Ucrânia vacilasse, e se isso acontecesse para nós era motivo de não apoiar essa candidatura", disse.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje a sua candidatura a 'Spitzenkandidat' (cabeça de lista) do Partido Popular Europeu (PPE) para as eleições europeias de junho, visando uma recandidatura à frente da instituição.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

O conflito - que entra agora no terceiro ano - provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número por determinar de vítimas civis e militares.

Leia Também: Milhares manifestaram-se em Londres solidários com a Ucrânia

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