Luís Montenegro, o líder da Aliança Democrática (AD), foi atingido na quarta-feira com tinta verde na cabeça numa ação de um grupo de ativistas pelo clima - que marcou o dia e gerou inúmeras reações dos partidos políticos, que condenaram o ato.
O incidente - cujas imagens pode ver aqui - aconteceu durante uma ação de campanha da Aliança Democrática, na Bolsa de Turismo de Lisboa, na FIL, no Parque das Nações.
"Pontaria não faltou ao jovem que me abordou", afirmou Luís Montenegro, considerando que "era mais fácil termos conversado e dialogado sobre isso".
A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve um dos cinco ativistas do movimento Fim ao Fóssil, que é parte da associação Greve Climática Estudantil Lisboa e, mais tarde, o líder do Partido Social Democrata (PSD) anunciou que formalizaria uma queixa contra o jovem.
Na sequência do ataque com tinta, primeiro-ministro em gestão, António Costa, deu instruções para que a PSP disponibilizasse segurança pessoal aos líderes dos partidos com assento parlamentar que o pretendessem.
Segurança pessoal? "Não"
As reações não se fizeram esperar e os líderes políticos acabaram por estar de acordo, referindo que "não" vão aceitar a 'oferta' de António Costa e a medida "não se justifica".
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, dispensou a segurança pessoal, realçando que "nós não precisamos".
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, considerou que, neste momento, "não [se] justifica" esta medida, embora não retire "gravidade ao que aconteceu e o que aconteceu foi um condicionamento do livre decorrer das eleições".
O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, também agradeceu a Costa, mas garantiu que irá continuar com a sua atividade "sem nenhuma limitação, sem alterar nada, mas também sem nenhum tipo de segurança", assumindo que "não" vai usufruir porque confia "no país" e "nas pessoas em Portugal".
O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, também rejeitou a segurança pessoal oferecida por Costa, salientando que andam "muito à vontade" na rua e não há "nenhuma necessidade dessas medidas".
Por fim, também o presidente do Chega, André Ventura, que tem uma equipa de seguranças privados a acompanhá-lo, recusou a oferta do primeiro-ministro, que disponibilizou segurança pessoal aos líderes partidários que o pretendam na sequência do ataque ao presidente do PSD com tinta verde por parte de um ativista climático.
Entretanto, na manhã desta quinta-feira, o líder da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, também reagiu à possibilidade de ter segurança pessoal durante a campanha eleitoral.
"Não conto ter", afirmou peremptoriamente Montenegro, durante a visita a uma empresa no concelho de Ansião, em Leiria.
[Notícia atualizada às 12h19]
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