"Não passarão". Mortágua pede "maior manifestação feminista" em Portugal

A coordenadora bloquista apelou hoje à mobilização para que, na sexta-feira, seja a "maior manifestação feminista" em Portugal e se ouça um "não passarão imponente" perante a ameaça do conservadorismo, pedindo um voto nas legislativas "como mulheres".

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© Carlos Carneiro / Global Imagens

Lusa
03/03/2024 20:34 ‧ 03/03/2024 por Lusa

Política

Eleições

Perante uma sala cheia no maior comício do BE até hoje nesta campanha eleitoral, e com os antecessores na liderança, Catarina Martins e Francisco Louçã na primeira fila, Mariana Mortágua fez o seu mais longo e emotivo discurso, que tinha como foco único as mulheres de Portugal, que quis homenagear e mobilizar.

Depois de receber o apoio surpresa do jornalista Fernando Alves - que discursou para mostrar o apoio a uma esquerda que "acrescenta esquerda à esquerda" e pediu que a voz da nova líder nunca esmoreça -- Mortágua escusou-se a "ignorar o óbvio" porque, segundo ela, as mulheres estão sob ameaça.

"Dos bonzos da extrema-direita aos do PSD, CDS, IL, do conservadorismo às meias-tintas, a história é sempre a mesma. O primeiro ataque é às mulheres, é aos imigrantes, é aos mais pobres, é sempre a quem trabalha. Começam por uma e depois vão a toda a gente", alertou.

Criticando os que dizem que "a igualdade é uma ideologia" e que "antigamente é que era melhor", a coordenadora bloquista considerou que esta é "uma esplêndida razão para que na próxima sexta-feira, dia 8 de março, último dia de campanha eleitoral" se comece "a votar com a maior manifestação feminista este país já viu".

"Sexta-feira, dia 08 de março, este país vai ouvir um 'não passarão' imponente das mulheres que farão um mar de alegria, que é como nos sentimos, e aí se vão ouvir estas vozes e nós queremos que Portugal inteiro as ouça", pediu, ouvindo-se uma longa ovação da sala.

Depois de uma evocação a mulheres de Portugal como a comunista Maria Lamas, a socialista Maria Barroso, a ex-primeira-ministra Maria de Lourdes Pintasilgo ou as jornalistas Maria Antónia Palla e Maria Antónia Fiadeiro, a bloquista tinha uma palavra especial às mulheres fundadoras do BE, que chamou para junto de si no palco.

Mortágua dirigiu-se depois às mulheres "que fazem Portugal" e deixou um apelo: "a todas elas eu peço que votem como mulheres, que votem pela beleza e pela solidariedade, como mulheres".

O voto que a líder do BE pediu no partido foi pela responsabilidade, pela igualdade, pela saúde, pela escola, pela creche,

"Votem como mulheres e vamos festejar a democracia no próximo domingo", pediu.

Leia Também: Mortágua recusa "passo atrás" no aborto e promete "melhorar a lei"

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