"Quando olho para a campanha do senhor Luís Montenegro, acompanhado pelo senhor Passos Coelho, de sinistra memória, e pelo senhor Durão Barroso, um genocida, um homem que se uniu ao Bush, ao Blair e ao Aznar, para ceder a base dos Açores aos Estados Unidos para invadirem o Iraque, onde morreram 300 mil pessoas entre militares e civis, isso não pode merecer a confiança dos portugueses", disse José Manuel Coelho.
"Não se pode aceitar que o líder de uma coligação que pretende governar Portugal nos próximos quatro anos, que tem de ter uma mensagem credível, ande na companhia de um homem que foi corresponsável pela morte de centenas de milhares de pessoas", frisou o líder do PTP em declarações à agência Lusa em Setúbal, durante uma ação de campanha para as eleições legislativas de 10 de março.
Acompanhado por Mário Nogueira, cabeça-de-lista pelo distrito de Setúbal, José Manuel Coelho considerou que a AD é o principal adversário do PTP nas próximas eleições legislativas e reiterou a ideia de que uma coligação que tem um aliado como Durão Barroso "não é um voto credível para os portugueses".
"Há um provérbio português que diz assim: mais vale andar só do que mal acompanhado", sublinhou.
José Manuel Coelho disse ainda que o principal objetivo do PTP nas eleições legislativas é conseguir "eleger deputados e depois fazer uma política democrática e nacional em favor dos trabalhadores e dos reformados".
"Nós não podemos aceitar que quem trabalha todos os dias empobreça. Há pessoas que trabalham e estão abaixo do limiar da pobreza. Há pessoas que vão para a reforma, quando atingem a idade da reforma, e entram no lote dos pobres, abaixo do limiar da pobreza. Temos de mudar isso", justificou o líder do PTP.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
Leia Também: RIR pede voto dos indecisos e para que "não caiam no erro" do voto útil