Novo Governo é "elenco que tem bastante experiência política"

A antiga eurodeputada socialista Ana Gomes disse que "mais do que nunca se compreende a escolha por quadros com muita experiência política", mas reconheceu preocupações com algumas áreas do novo Executivo.

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Notícias ao Minuto
29/03/2024 07:37 ‧ 29/03/2024 por Notícias ao Minuto

Política

Governo

A ex-eurodeputada socialista Ana Gomes considerou, na noite de quinta-feira, que a proposta de Governo apresentada pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, contém um "elenco que tem bastante experiência política".

"O recrutamento foi feito dentro de casa. Luís Montenegro foi buscar elementos do PSD que tinham experiência. É uma escolha perfeitamente compreensível nesta conjuntura muito difícil, com uma vantagem muito pequena no Parlamento e com uma divisão de poderes muito diferentes do que era habitual, com a chegada de uma força arruaceira", acrescentou, em declarações na SIC Notícias.

Nesse mesmo espaço de comentário, Ana Gomes realçou também que "mais do que nunca se compreende a escolha por quadros com muita experiência política, nacionalmente e no plano europeu", até porque "há quatro eurodeputados, todos eles capazes, com muita experiência, e isso pode ser da maior utilidade para o Governo".

Há, no entanto, algumas áreas do elenco proposto que preocupam a antiga eurodeputada. São elas a Justiça e a Administração Interna, onde são precisos "pesos pesados" e os nomes escolhidos por Luís Montenegro poderão não ter "essa capacidade".

Ana Gomes mostrou-se também preocupada com a pasta das Infraestruturas, que terá como ministro o social-democrata Miguel Pinto Luz. "Há um historial de ligação do ministro a um setor que vai tutelar de novo, que é a TAP. Foi ele que conduziu o processo da primeira privatização que envolveu... não era um 'casinho' era um casão, da troca dos aviões com a Airbus para pagar ao [David] Neeleman e em que a TAP ficou a arder em cerca de 400 milhões", concluiu.

Na sequência da sua indigitação como primeiro-ministro, Luís Montenegro apresentou, na quinta-feira, a proposta de composição do próximo Governo ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que a aceitou.

Entre os nomes mais conhecidos está o de Nuno Melo, líder do CDS-PP e companheiro de coligação de Montenegro nas eleições de 10 de março, que ocupará o cargo de ministro da Defesa Nacional. Já os sociais-democratas Paulo Rangel e Joaquim Miranda Sarmento serão, respetivamente, ministros dos Negócios Estrangeiros e das Finanças. Ambos partilharão ainda o título de ministros de Estado.

Leia Também: "Montenegro tem de perceber que a agenda do Chega é comer o PSD"

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