Pedro Nuno Santos acusa Governo de partilhar agenda com extrema-direita

O secretário-geral do PS acusou hoje o Governo da Aliança Democrática de partilhar uma agenda política com partidos da extrema-direita, "partilha que ficou clara" no discurso de tomada de posse do novo primeiro-ministro português.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
05/04/2024 14:39 ‧ 05/04/2024 por Lusa

Política

PS

"O que nós vamos assistindo é a uma direita tradicional a assumir as bandeiras da extrema-direita, como aliás já hoje se verifica em Portugal", disse Pedro Nuno Santos, em Portimão, no Algarve.

Durante a sua intervenção na sessão de abertura da reunião anual do Partido Socialista Europeu no Comité das Regiões, que decorre naquela cidade algarvia, o líder socialista disse que essa aproximação "ficou clara desde logo no discurso de tomada de posse do primeiro-ministro português", Luís Montenegro.

Para Pedro Nuno Santos, "existem mais semelhanças entre os partidos da direita tradicional, a chamada direita clássica, e os da extrema-direita, do que aquilo que se vai ouvindo".

"A direita tradicional, quando precisa de governar, não hesita em aliar-se à extrema-direita e nós temos assistido nos últimos anos a um avanço da extrema-direita na Europa", apontou.

Segundo o secretário-geral do PS, "as semelhanças entre direita e extrema-direita" são visíveis em toda a Europa, "onde governam juntos, onde a direita tradicional sentiu necessidade de se aliar para governar".

"Ou governam com a extrema-direita ou assumem as suas bandeiras. Não governam com a extrema-direita, mas assumem parte da sua agenda", notou.

Pedro Nuno Santos alertou para a importância de os socialistas manterem "a sua ideologia e combater as novas alianças" para responder aos problemas das pessoas e manter a democracia e o Estado democrático.

"Há ideologia, há politica diferente e os socialistas vão mostrando ao longo dos anos que nos distinguimos de forma séria daquilo que é o trabalho que a direita vai fazendo", concluiu.

Leia Também: Pedro Nuno garante que PS será "oposição responsável" (e "ponto final")

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