"Acho que Passos Coelho nem leu o livro. Não se ia colar àquela gente"
Miguel Sousa Tavares defendeu que o antigo primeiro-ministro não pode ter lido 'Identidade e Família' para aceitá-lo apresentar. "Tem uma memória a defender", lembrou o comentador.
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Política Miguel Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares defendeu, na noite de quinta-feira, no seu espaço habitual de comentário na CNN Portugal, que Pedro Passos Coelho não pode ter lido o livro 'Identidade e Família' para aceitar apresentá-lo, uma vez que isso colou-o a movimentos como a Opus Dei e os padres negacionistas dos abusos da Igreja.
"Quando vi os autores do livro e as pessoas que iam estar na plateia não acreditei que Passos Coelho fosse apresentar aquele livro porque acho que não se ia colar àquela gente. Mesmo que não tenha ambições futuras, tem um passado a defender, uma memória perante os portugueses a defender. Para uns é bom, para outros não é. Mas tem uma memória. E eu não estava a vê-lo encostar-se àquela gente. Aquilo são os restos do Movimento Nacional Feminino, da Opus Dei, dos padres negacionistas dos abusos sexuais da Igreja, do salazarismo. Estou convencido que nem leu o livro, porque o discurso era um discurso de adesão às ideias do Chega e da tese que é preciso acarinhá-los", atirou o comentador.
Para Sousa Tavares com este tipo de movimentos "ainda vamos acabar todos fardados de mocidade portuguesa outra vez", por isso, é necessário combatê-los "com argumentos democráticos".
"Há duas coisas no populismo que acho completamente idiotas: Uma é procurar respostas simples para problemas que são complexos. A segunda é achar que a resposta aos problemas do presente e do futuro, que são complicados, é o regresso ao passado. Estes são os dois embustes do populismo", realçou, acrescentando que "o que estes tipos [do livro] fizeram agora é ingressar no segundo embuste".
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