Nas eleições regionais realizadas há pouco mais de seis meses, em 24 de setembro, concorreram 13 forças políticas, correspondendo a duas coligações e 11 partidos.
Ao sufrágio de 26 de maio, o PSD e o CDS, que haviam concorrido coligados, apresentam-se com listas próprias, encabeçadas pelos seus líderes regionais, Miguel Albuquerque e José Manuel Rodrigues, respetivamente.
A CDU (Coligação Democrática Unitária), composta pelo PCP e PEV, é a única coligação e insiste em Edgar Silva, o coordenador dos comunistas madeirenses, como primeiro candidato.
Segundo o juiz Filipe Câmara, deram entrada na sexta-feira no tribunal as candidaturas do Juntos Pelo Povo (JPP), Coligação Democrática Unitária (CDU), Movimento Partido da Terra (MPT) e Partido Trabalhista Português (PTP).
Hoje, no último dia do prazo do caderno eleitoral, apresentaram as listas no tribunal o Partido Socialista (PS), o Chega, a Iniciativa Liberal (IL), o Centro Democrático Social -- Partido Popular (CDS-PP), o Partido Social-Democrata (PSD), o Bloco de Esquerda (BE), o Pessoas-Animais-Natureza (PAN), o Aliança Democrática Nacional (ADN) e o Livre.
O Reagir Incluir Integrar (RIR) também entregou a sua lista, embora não tenha informado a comunicação social, encabeçada pela coordenadora regional Liana Reis.
Os partidos concorrentes apresentam também os seus responsáveis regionais como cabeças de lista, nomeadamente Paulo Cafôfo (PS), Miguel Castro (Chega), Élvio Sousa (Juntos Pelo Povo), Nuno Morna (Iniciativa Liberal), Mónica Freitas (PAN), Válter Rodrigues (MPT) e Miguel Pita (ADN).
O Bloco de Esquerda volta a apresentar uma lista encabeçada pelo ex-coordenador regional Roberto Almada, enquanto o PTP aposta na deputada municipal na Câmara do Funchal e ex-deputada Raquel Coelho e o Livre vai a votos estreando Marta Sofia.
Nas eleições de setembro de 2023, num universo de 47 deputados da Assembleia Legislativa da Madeira, a coligação PSD/CDS-PP elegeu 23, ficando a um da maioria absoluta.
O PS assegurou 11 lugares, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL e o BE elegeram um deputado cada.
Entre as oito candidaturas que conseguiriam eleger deputados, a coligação PSD/CDS-PP "Somos Madeira" teve 58.394 votos (44,31%), o PS obteve 28.840 (21,89%), o JPP alcançou 14.933 (11,33%) e o Chega arrecadou 12.029 (9,13%).
Com a eleição de apenas um deputado, a CDU teve 3.677 votos (2,79%), a IL arrecadou 3.555 (2,70%), o PAN obteve 3.046 (2,31%) e o BE conseguiu 3.035 (2,30%).
O mapa oficial indica que o PTT teve 1.369 votos (1,04%), o Livre conseguiu 858 (0,65%), o RIR alcançou 727 (0,55%), o MPT arrecadou 696 (0,53%) e o ADN captou 617 (0,47%), não tendo elegido qualquer deputado.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento da Madeira e convocou eleições antecipadas para 26 de maio na sequência da crise política motivada pelo processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago.
O Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, está em gestão desde o início de fevereiro.
O presidente do executivo, o social-democrata Miguel Albuquerque, pediu a demissão do cargo depois de ter sido constituído arguido no âmbito naquele processo e de o PAN lhe ter retirado a confiança política.
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