O "sonho" e a "crença na Europa". O discurso de estreia de Bugalho na AD

O candidato da AD às eleições Europeias, Sebastião Bugalho, frisou que a Europa "é um destino comum" e "não uma ambição pessoal".

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© Paulo Spranger /Global Imagens

Notícias ao Minuto com Lusa
28/04/2024 14:40 ‧ 28/04/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Eleições europeias

O cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) para as Eleições Europeias, Sebastião Bugalho, afirmou, este domingo, que é candidato porque "acredita na Europa" e na "Europa que a democracia portuguesa ajudou a construir".

Naquela que foi a sua primeira intervenção política pela AD, o ex-jornalista começou por cumprimentar os presentes na sala, incluindo Manuela Ferreira Leite, a quem fez questão de se "curvar perante os seus 45 anos de serviço público à democracia portuguesa".

"É por sua causa, por aquilo que fez por nós, pela democracia e pela liberdade que eu também me senti confiante para estar aqui hoje", frisou. "Oxalá sirva de talismã para esta candidatura".

"Estou aqui hoje porque acredito na Europa. Mais do que isso, acredito na Europa que a democracia portuguesa ajudou a construir desde 1986. Estou aqui porque também sei que a democracia portuguesa não seria a mesma sem essa pertença europeia", acrescentou.

O cabeça de lista da AD às europeias lembrou ainda o percurso de personalidades do PSD como Cavaco Silva, Durão Barroso, Carlos Moedas e Jorge Moreira da Silva para pedir que lutem com ele pelo "sonho europeu".

O candidato deu vários exemplos de figuras do PSD que, através da Europa, chegaram aos mais altos cargos nacionais e internacionais. "Foi assim com um jovem algarvio de Boliqueime, que conseguiu uma bolsa para estudar em Inglaterra e regressou ao seu país - para mais tarde ser primeiro-ministro e Presidente da República", disse, referindo-se a Cavaco Silva.

Sem nunca dizer nomes, aludiu depois a Durão Barroso: "Foi assim com um jovem de Almada, que ouviu a Revolução na rádio de madrugada e correu para o cacilheiro, para ver a Liberdade de perto - e mais tarde ser primeiro-ministro e Presidente da Comissão Europeia".

"Foi assim com um jovem alentejano de Beja, que foi para Paris estudar graças ao programa Erasmus, se tornou engenheiro e voltou ao seu país - para mais tarde ser comissário europeu e presidente de Câmara", disse, numa referência a Carlos Moedas.

Finalmente, lembrou outro jovem de apenas 28 anos que, em 1999, "se tornou relator do Parlamento Europeu para as Alterações Climáticas, e mais tarde ministro do Ambiente", falando de Jorge Moreira da Silva. "Não pode estar aqui hoje mas sei que está ao nosso lado", afirmou, dizendo que é "em nome desse sonho europeu" que se candidata.

Sebastião Bugalho disse ter "convicção" de que não está "sozinho" na crença pela Europa. "Sei que, na busca pelo sonho europeu, estamos juntos", afirmou.

"Quando é que a História não foi feita de correr riscos?"

O candidato da Aliança Democrática, de 28 anos, comentou ainda as críticas sobre a sua idade e lembrou que o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, tem 34 anos, enquanto ele é "apenas candidato ao Parlamento Europeu". 

"Que eu tenha dado conta o primeiro-ministro não está a contar meter os papéis para a reforma. Pelo contrário, está agora a começar o seu percurso e vai triunfar", atirou.

Reconhecendo que Luís Montenegro "correu um risco" quando o convidou para ser candidato, Bugalho contrapôs dizendo que ele próprio também cometeu um risco e questionou: "Quando é que a História não foi feita de correr riscos? Quando é que o mundo conseguiu avançar para melhor sem alguma ousadia? Quando é que alguma coisa se tornou melhor sem o mínimo de coragem?"

Bugalho afirmou que, para a Aliança Democrática, a Europa "é um destino comum" e "não uma ambição pessoal" e a UE "é do interesse nacional" e não "um interesse de carreira".

Sebastião Bugalho diz que não vê Europa como

Sebastião Bugalho diz que não vê Europa como "destino de carreira"

O cabeça de lista da AD às eleições europeias, Sebastião Bugalho, afirmou hoje esta coligação não olha para a Europa como "uma ambição pessoal" ou "destino de carreira", nem como "uma caixa multibanco ou uma vigia orçamental".

Lusa | 16:22 - 28/04/2024

"Levamos a Europa a sério porque também queremos que a Europa nos leve a sério. Esse é que é o ponto. Para a nossa voz ser ouvida, temos de ser respeitamos. Não podemos brincar com a Europa", acrescentou.

Sublinhe-se que a Aliança Democrática apresenta, esta tarde, os seus candidatos para as Eleições Europeias. 

[Notícia atualizada às 15h27]

Leia Também: Montenegro preocupado com eleições a 9 de junho: "Pior dia para Portugal"

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