Saídas na Santa Casa? "Tem pouco a ver com as condições financeiras"
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, falou ainda das propostas para baixar os impostos e o IRS e destacou a proposta "apresentada apenas" pelo partido e "que tem um impacto importante" nos créditos à habitação.
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Política Mariana Mortágua
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, disse esta quinta-feira que a exoneração da mesa da Santa Casa da Misericórdia "tem pouco a ver com as condições financeiras", mas sim com uma "uma decisão de saneamento político e de troca de lugares" que se podem "ver em outros setores do Estado".
Em declarações à SIC Notícias, Mortágua considerou que as saídas da provedora Ana Jorge e da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) "não resolvem necessariamente os problemas da Santa Casa e da saúde".
"Para nós é muito mais importante ouvir a provedora e compreender o que se passa na Santa Casa, sabendo que as decisões precipitadas de troca de lugares têm um fundamento político e isso foi admitido pelo primeiro-ministro quando diz que faz sentido que haja uma coordenação polícia entre o Governo e a equipa que gere a Santa Casa", afirmou Mariana Mortágua.
A bloquista falou ainda das propostas para baixar os impostos e o IRS e destacou a proposta "apresentada apenas pelo Bloco de Esquerda e que tem um impacto importante, porque permite a dedução dos juros dos créditos à habitação após 2011".
Mariana Mortágua esclareceu que o partido apresentou uma proposta, aprovada na generalidade, que visa a "que passe a ser dedutível em IRS os juros dos contratos do crédito à habitação" posteriores a 2011.
"Esta proposta tem um impacto em todas as pessoas que fizeram crédito à habitação posterior a 2011, em particular nos jovens, que o fizeram quando o preço à habitação já estavam a subir muito", salientou.
Mortágua afirmou que "é importante que estes projetos não morram na especialidade, quando já ninguém está a ver" e desafiou os partidos a manifestarem o que querem e o seu comprometimento com as medidas.
"Da parte do Bloco de Esquerda queria deixar o nosso compromisso relativamente a estas propostas. Queremos que saia desta comissão uma proposta para atualizar a dedução específica, para que cada pessoa possa ter uma dedução automática maior e assim pagar menos IRS de forma transversal. Queremos uma proposta de atualização e reorganização dos escalões do IRS, que seja mais justa e permita uma redução dos impostos", referiu a coordenadora do Bloco.
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