"A população, em muitos lugares, reconhece que quando é para lutar é com a CDU. A CDU é reconhecida como força reivindicativa, a força da reivindicação, mas é preciso agora que a CDU, sendo importante ser a força da reivindicação, da luta, passe a ser a força da transformação", afirmou.
Edgar Silva falava num jantar/comício de apoio à candidatura, no Funchal, que contou com a presença do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, e no qual participaram cerca de 200 militantes e simpatizantes, segundo dados da organização.
"As pessoas reconhecem que podem contar com a CDU para reivindicar, para organizar a luta e para conquistar direitos, e isso é muito bom, é muito importante, mas está na nossa mão conseguir mais, está na nossa mão fazer com que esta força reivindicativa que é a CDU possa ser agora a força da transformação", insistiu.
O cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta PCP e PEV, lembrou que o círculo eleitoral da Madeira é único, pelo que "todos os votos contam", vincando que "serão bem-vindos e sobretudo não trairão o povo que dá esse voto".
"Mas como é que se faz para que a CDU, para além de ser a força reivindicadora, seja a força transformadora?", questionou, explicando que a resposta é "relativamente simples" e consiste em "mais votos na CDU".
"Quanto mais votos a CDU tiver, para além de ganhar mais força para reivindicar, teremos melhores condições para transformar, para mudar a sociedade", sublinhou Edgar Silva, também coordenador regional da coligação e do PCP.
As legislativas da Madeira de 26 de maio decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.
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