Cabeça de lista da CDU quer que BCE baixe "rapidamente" taxas de juro

O cabeça de lista da CDU às europeias, João Oliveira, defendeu hoje que é preciso "fazer baixar as taxas de juro" do Banco Central Europeu (BCE) "o mais rapidamente possível" para não degradar mais o poder de compra.

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Lusa
22/05/2024 19:25 ‧ 22/05/2024 por Lusa

Política

Eleições

"Temos agora um problema sério pela frente que é a política do Banco Central Europeu (BCE)", com declarações "ainda há pouco tempo" de que "as taxas de juro ainda não podem baixar porque o mercado de trabalho ainda está demasiado forte", disse.

O que significa esta conceção do BCE é que "não há ainda um nível de desemprego suficiente que faça baixar os salários de quem esta empregado", acrescentou João Oliveira, em Montemor-o-Novo (Évora).

"Porque o Banco Central Europeu acha que, para controlar a inflação, o caminho melhor é degradar o poder de compra das pessoas, quer os salários daqueles que estão a trabalhar, quer as pensões daqueles que estão reformados", criticou.

Mas esta política "não serve o povo português" e deve "ser contrariada", para impedir "a continuação da degradação do poder de compra" afiançou o candidato da CDU às eleições europeias, que falava à agência Lusa após participar numa sessão pública com reformados, pensionistas e idosos em Montemor-o-Novo.

O que é necessário é "reverter o aumento das taxas de juro e fazer baixar as taxas de juro o mais rapidamente possível, para garantir que isso tem reflexos imediatos nas condições de vida das famílias, nos custos do crédito á habitação, e nas pequenas e médias empresas, favorecendo o desenvolvimento da sua atividade", afirmou.

Perante mais de 50 idosos e reformados, o cabeça de lista da CDU às eleições europeias de 09 de junho defendeu também o aumento generalizado das pensões, num mínimo de 7,5% não podendo o montante da atualização ser inferior a 70 euros por pensionista.

E é esta "verdadeiramente a solução que serve todos os reformados", afiançou João Oliveira, comparando que o aumento do valor de referência do complemento solidário para idosos (CSI) decidido pelo Governo só abrange "um segmento de reformados".

O aumento generalizado de pensões "não deixa de fora ninguém", enquanto o CSI "é o inverso disso" e "o número de beneficiários é muito reduzido".

Na sua intervenção na sessão e também nas declarações à Lusa, o candidato da CDU deixou também críticas ao programa eleitoral da Iniciativa Liberal (IL) no que respeita aos reformados, acusando este partido de pretende "fazer um negócio dos fundos de pensões".

A IL quer "criar negócio em tudo o que mexe e também querem fazer negócio com o dinheiro das pensões. Querem substituir a Segurança Social pelos fundos de pensões e que o dinheiro que serve para pagar reformas e pensões aos idosos possa ser utilizado na 'roleta' da especulação como fazem os fundos de pensões por todo o mundo", disse.

Ora, este modelo tem tido "as consequências de resto trágicas que se têm visto, com sucessivos escândalos de falências de fundos de pensões, em que os reformados ficam, de um dia para o outro, sem um tostão", criticou.

A IL, continuou, "não assume isso às claras, porque se assumisse ninguém daria apoio a uma ideia dessas", mas encontrou "uma forma de puxar pelos mais novos com a ideia de que estão a suportar os encargos com os mais velhos e que isso é um fardo nas suas vidas".

Leia Também: Candidato da CDU quer ver "rechaçados" comportamentos misóginos

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