PSD e CDS-PP estiveram reunidos hoje de manhã no Funchal

Os líderes regionais do PSD e do CDS-PP reuniram-se hoje de manhã na Quinta Vigia, no Funchal, encontro que antecedeu as audiências dos partidos com o representante da República na Madeira, disse à Lusa fonte social-democrata.

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Lusa
28/05/2024 12:18 ‧ 28/05/2024 por Lusa

Política

Eleições na Madeira

Segundo a mesma fonte, o líder do CDS-PP/Madeira, José Manuel Rodrigues, deslocou-se à residência oficial do presidente do Governo Regional ainda antes de ser recebido pelo representante da República na Madeira, Ireneu Barreto, pelas 12h00.

Nas eleições legislativa regionais de domingo, o PSD de Miguel Albuquerque (presidente do executivo madeirense desde 2015) voltou a vencer e elegeu 19 deputados, ficando a cinco parlamentares da maioria absoluta. O CDS-PP elegeu dois parlamentares.

Ao contrário do que aconteceu nestas eleições, nas regionais de setembro de 2023 PSD e CDS-PP concorreram coligados. A coligação ficou a um deputado da maioria absoluta, com o PSD a ocupar 20 lugares no hemiciclo e o CDS-PP três assentos.

Após a crise política desencadeada depois de Miguel Albuquerque ter sido constituído arguido num processo que investiga suspeitas de corrupção na Madeira, o PSD rompeu a coligação.

Na noite eleitoral, o líder social-democrata madeirense assegurou estar disponível para negociar com todas as forças políticas para formar governo.

Já na segunda-feira, o PS, que manteve o grupo parlamentar de 11 deputados, e o Juntos Pelo Povo (JPP) que viu a sua representação aumentar de cinco para nove elementos, anunciaram um entendimento conjunto para construir uma alternativa e afastar o PSD da governação.

Juntos, PS e JPP têm 20 deputados, mais um que o PSD sozinho.

Em conjunto, PSD e CDS-PP ficam com 21 parlamentares.

O representante da República, Ireneu Barreto, está hoje a ouvir os sete partidos com representação parlamentar, após as eleições de domingo, por ordem crescente de votação: PAN (um deputado), IL (um), CDS-PP (dois), Chega (quatro), JPP (nove), PS (11) e PSD (19).

Segundo uma nota divulgada na segunda-feira, o objetivo dos encontros é reunir "as condições formais e políticas" para "proceder à nomeação do presidente do XV Governo Regional".

As eleições antecipadas na Madeira ocorreram oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Leia Também: Madeira disse "que não queria Albuquerque, mas também não queria Cafôfo"

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