Rui Rocha critica tendência do Governo PSD para criar planos

O presidente da Iniciativa Liberal considerou hoje que o Governo tem tendência para apresentar planos e que, em vez de elaborar um para as migrações, deveria pôr a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) a funcionar.

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© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Lusa
02/06/2024 19:48 ‧ 02/06/2024 por Lusa

Política

Iniciativa Liberal

"Eu acho que há aqui uma tendência deste Governo para apresentar muitos planos para mostrar iniciativa política", afirmou Rui Rocha aos jornalistas quando questionado sobre o plano para as migrações que o Governo PSD vai apresentar na segunda-feira, num momento em que a procura de autorizações de residência disparou, causando problemas na gestão dos serviços.

Durante um lanche com a comunidade ucraniana no parque da Paz em Almada, no distrito de Setúbal, o dirigente liberal referiu que o executivo de Luís Montenegro vai apresentar um plano quando Portugal "não tem sequer uma instituição administrativa a funcionar", referindo-se à AIMA.

"Continuamos com centenas de milhares de processos por tratar", recordou.

Nas últimas semanas, têm-se acumulado filas junto aos serviços da AIMA e estima-se que existam 350 mil processos por regularizar.

Na opinião de Rui Rocha, no caso das migrações já não basta apresentar planos porque "o que é preciso é pôr a AIMA a funcionar".

"Pôr a AIMA a funcionar é que deveria ser o primeiro plano do Governo", entendeu.

Os planos são muitas vezes, no entender do presidente da IL, insuficientes, "tal como acontece com o da saúde".

O plano para as migrações será apresentado na segunda-feira à tarde, após um conselho de ministros sobre o tema, segundo fonte do Governo.

Em outubro do ano passado, o anterior governo criou a AIMA, extinguindo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e o Alto Comissariado para as Imigrações, uma decisão que foi criticada pelo PSD, então na oposição.

No sábado, o ministro da Presidência referiu-se, em entrevista publicada pelo Diário de Notícias, ao problema das migrações como uma das "heranças mais pesadas" que o executivo PSD recebeu desde que tomou posse em abril.

António Leitão Amaro apontou "opções erradas de leis e de regras de entrada e de regularização em Portugal, mas também pelo colapso das instituições, resultado das escolhas e do processo de extinção do SEF - na forma como foi implementado e no desinvestimento nas pessoas e nos equipamentos".

Leia Também: Rui Rocha garante não ceder a pressões para aprovar Orçamento de Estado

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