"Tem evidentemente de haver essa revisão de maneira a existir, de facto, uma proteção dos pequenos e médios empresários nestas áreas do setor primário", disse Joana Amaral Dias.
Numa visita que fez a uma pequena herdade nos arredores de Tunes, no concelho de Silves, no distrito de Faro, a candidata criticou o que considerou ser "um ataque" aos pequenos e médios agricultores depois de Portugal ter aderido à agora União Europeia em 1986.
"Nós sabemos que só os pequenos agricultores é que são garantes da qualidade dos produtos que chegam à mesa dos consumidores", sustentou a cabeça de lista do ADN às europeias.
Joana Amaral Dias insurgiu-se contra a decisão comunitária de prorrogar por mais 10 anos o prazo de utilização do glifosato, que considerou ser "um herbicida altamente tóxico e venenoso".
"Na verdade, só os pequenos produtores é que conseguem garantir essa qualidade, porque os médios, sobretudo os grandes produtores [...] têm que recorrer a pesticidas e químicos para garantir produção em massa" de produtos agrícolas, disse a candidata.
Amaral Dias criticou a falta de apoios comunitários para os pequenos agricultores, assim como para a sua dificuldade em obter água, ao contrário do que, segundo ela, acontece com os campos de golfe e os grandes produtores agrícolas.
"Está visto que este sistema não funciona, acaba apenas por defender aqueles que são tubarões. Os grandes tubarões brancos, prejudicando todos os outros", sublinhou a candidata.
Joana Amaral Dias acusou os dirigentes europeus de estarem "a fazer menos Europa" ao tentarem criar uma "Europa federalista" e defendeu "uma Europa intergovernamental [...] que permite a soberania e a independência".
A candidata independente, que estava acompanhada, entre outras pessoas, pelo presidente do ADN, Bruno Fialho, seguiu em seguida para Albufeira, também no Algarve, onde ia participar numa arruada ao fim da tarde.
Em Portugal, as eleições europeias, nas quais serão eleitos 21 dos 720 eurodeputados, realizam-se me 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
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