Francisco Paupério respondia à cabeça de lista do BE às europeias, Catarina Martins, que na terça-feira anunciou que pretende propor no Parlamento Europeu a condenação do governo alemão por fornecer armas a Israel e desafiou PS, IL e Livre a aprovar esta "sanção política".
Francisco Paupério, que está na mesma corrida europeia, não esclareceu qual seria a posição do partido quanto a essa matéria, mas respondeu devolvendo outro apelo.
"O Livre propôs também na Assembleia da República que armas que vão para Israel não entrem nos portos portugueses. Vamos ver se os outros partidos têm coragem política para aceitar este projeto de resolução proposto pelo Livre, não por outro partido político", disse o candidato.
A iniciativa do Livre, submetida no mês passado, recomenda ao Governo que não permita que navios que transportem armas para o estado de Israel utilizem os portos portugueses, acompanhando uma decisão da vizinha Espanha.
O conflito na Palestina entrou, na terça-feira, na campanha também pela voz do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que defendeu que está na altura de Portugal reconhecer "de imediato" o Estado da Palestina, considerando que seria um "sinal político importante" e um contributo para a paz no Médio Oriente.
Em declarações aos jornalistas, Francisco Paupério elogiou os partidos que se juntam agora a uma posição que o Livre tem vindo a defender desde a sua fundação.
"O Livre, desde 2014, foi inequívoco. Nós defendemos o reconhecimento do Estado da Palestina", recordou o "número um" do partido, que defende que "é o momento certo de avançar em conjunto, de forma multilateral".
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