No final de uma campanha muito focada no ambiente e na conservação da natureza, Francisco Paupério não quis esquecer os animais e reservou o último dia para destacar esse tema.
Numa entrevista ao 'podcast' do humorista Guilherme Geirinhas, "Bom Partido", já tinha contado que tem duas cadelas de grande porte, que até já se juntaram a ele na campanha, mas descreveu-se como uma 'crazy cat lady', um amante de gatos.
Por isso, quando hoje visitou a União Zoófila, em Lisboa, mostrou estar tão ou mais à vontade com os animais do que em qualquer arruada ou contacto com a população ao longo das últimas duas semanas.
Aquela instituição acolhe centenas de cães e gatos, um trabalho que custa, em média, cerca de meio milhão de euros por ano e os apoios proveem quase todos de donativos.
"O que recebemos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas é uma gota no oceano das nossas despesas", contou Dulce Neto, uma das voluntárias.
Em declarações aos jornalistas no final da visita, Francisco Paupério lamentou a falta de apoios europeus para apoiar o bem-estar animal.
"O problema é que não há fundos europeus que cheguem a estas associações para proteger o bem-estar animal e estamos ainda muito dependentes das pessoas, do serviço voluntário e de donativos. A União Europeia e o parlamento têm uma responsabilidade de proteger estes animais", defendeu.
Depois e ter estado com os animais -- com comprovavam as marcas das patas dos cães e das unhas dos gatos na camisa -- o candidato elogiou o trabalho da União Zoófila e sublinhou a importância do seu papel que diz não ter o reconhecimento que merece.
"São, muitas vezes, estas associações que prestam estes serviços locais, que ajudam no resgate animal. Fazem uma parte social e não são recompensados pelas políticas locais e nacionais", acrescentou.
Questionado sobre a proposta do PAN, que defende a criação de um comissário europeu para o Bem-Estar Animal, o candidato do Livre disse que era necessário perceber se isso seria possível com a nova disposição de comissários, mas acrescentou que o mais importante não é a existência dessa figura específica.
"Temos de ter um comissário que realmente respeite o bem-estar animal e que tenha em consideração o bem-estar animal. Para nós, isso é o mais importante", acrescentou.
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