"Do ponto de vista técnico, eu acho que foram criadas as condições que permitem que toda a gente que queira optar por votar, possa votar. Foi assim com o voto antecipado, no fim de semana passado, é assim com o voto em mobilidade", disse Paulo Raimundo, que exerceu o direito de voto cerca das 11:00, na Quinta da Fonte da Prata, concelho da Moita, no distrito de Setúbal.
"Nós tínhamos um desafio grande nestas eleições, que era, à partida, estarmos confrontados com um fim de semana prolongado, com tudo o que isso implica. E em alguns casos, na Área Metropolitano de Lisboa em particular, com a coincidência com o Santo António, tudo isto criava um ambiente exigente. Mas penso que as condições foram criadas para permitir que a taxa de abstenção não seja tão elevada [como nas eleições para o Parlamento Europeu de 2019]", acrescentou o líder comunista.
Paulo Raimundo disse ainda que há "razões mais profundas" que levam algumas pessoas a não exercerem o direito de voto, mas considerou que hoje "não é o momento para desenvolver sobre essa matéria".
Pela primeira vez, é possível votar sem ser na mesa de voto habitual, bastando apresentar um documento de identificação oficial com fotografia atualizada junto de qualquer assembleia de voto.
Em 2019, nas anteriores eleições europeias, Portugal registou a pior taxa de abstenção (68,6%) desde que pertence à União Europeia, em contraciclo com a participação na Europa - cerca de 50%.
Mais de 10,8 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro são hoje chamados às urnas para escolher 21 dos 720 eurodeputados do Parlamento Europeu.
A estas eleições, para as quais se inscreveram para votar antecipadamente no passado domingo mais de 252.000 eleitores, concorrem em Portugal 17 partidos e coligações.
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