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BE confiante na eleição de Catarina Martins após primeiras projeções

O líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo, manifestou hoje confiança na eleição da cabeça de lista ao Parlamento Europeu, Catarina Martins, considerando que "as mentiras da extrema-direita são umas das grandes derrotadas da noite".

BE confiante na eleição de Catarina Martins após primeiras projeções
Notícias ao Minuto

20:40 - 09/06/24 por Lusa

Política Eleições Europeias

"[Catarina Martins] foi sem sombra de dúvida a candidata mais esclarecida e mais combativa da esquerda portuguesa e estamos certos de que no final desta noite iremos com ela celebrar a sua eleição como eurodeputada", afirmou Fabian Figueiredo, no Fórum Lisboa, local escolhido pelos bloquistas para acompanhar os resultados das eleições europeias.

Depois de terem sido conhecidas as primeiras projeções, que dão ao BE a possibilidade de eleger Catarina Martins como eurodeputada ou nenhum lugar no Parlamento Europeu, o dirigente bloquista manifestou confiança e preferiu sublinhar a possibilidade de "continuidade" do partido em Bruxelas e Estrasburgo.

"Fomos para estas eleições para marcar a diferença, para liderar o combate à esquerda e esse objetivo foi mais do que cumprido. Se em Portugal derrotámos a narrativa da direita sobre imigração isso deveu-se à forma assertiva, combativa, tranquila com que a Catarina dirigiu todos e cada um dos debates. As mentiras da extrema-direita são uma das grandes derrotadas desta noite eleitoral", defendeu.

Apesar de durante a pré-campanha ter assumido o objetivo de manter os dois deputados do BE no Parlamento Europeu, durante a campanha oficial Catarina Martins rejeitou sempre traçar metas. Contudo, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, chegou a assumir o objetivo dos dois mandatos.

Fabian Figueiredo considerou que esta foi uma campanha "longa, dura e combativa" e deixou a garantia de que "por mais que na Europa a extrema-direita possa estar a celebrar nalguns países" o BE será oposição a estas forças políticas.

"A nossa voz nunca se calará perante a ameaça da extrema-direita, como nunca hesitará em defender as políticas que são justas, mesmo quando o bloco central europeu se une, porque é essa a nossa razão de ser. Em cada uma e cada um de nós a certeza que esta esquerda verde, vermelha, justa e solidária estará aqui para fazer todos os combates por todas as causas justas", rematou.

Momentos antes desta reação, o fundador do BE Francisco Louçã chegou ao Fórum Lisboa e considerou que "este é um momento decisivo para a Europa" que "merecia que mais gente tivesse votado".

"Eu acho que a Europa vive uma esquina muito difícil. Temos uma guerra na Europa. Temos o principal governo europeu [Alemanha] a financiar a apoiar a enviar armas para um massacre para um genocídio, há uma perda de sentido dos direitos humanos em algumas das mais importantes famílias políticas europeias e acho que isso é ameaçador para aquilo que é a história da Europa, a história da dignidade, direitos humanos, da abertura de democracia, de tolerância, de integração. E isso talvez seja um sinal mais preocupante desta noite", considerou.

O antigo coordenador bloquista considerou que "o sinal mais preocupante talvez seja a que a Europa precisava de um fôlego democrático e, na verdade, os sinais que temos até agora é Ursula von der Leyen a festejar o facto de ficar à frente numa eleição em que é secundada pela extrema-direita".

Quanto aos resultados da esquerda, Louçã disse apenas que vai aguardar e recusou fazer antecipações.

"Espero festejar com a Catarina [Martins] e o resto da equipa uma noite de coragem, de convicção e de bons resultados", afirmou.

Nas últimas eleições europeias, em 2019, o BE elegeu dois eurodeputados, Marisa Matias e José Gusmão, obtendo 9,82% dos votos, equivalente a 325 mil boletins.

[Notícia atualizada às 21h17]

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