Chega considera que PR fez bom discurso mas que o interior está esquecido

O líder parlamentar do Chega considerou hoje que o Presidente da República fez um bom discurso de apelo à coesão territorial, mas que o interior está esquecido e que pode haver novos incêndios como os de 2017.

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Lusa
10/06/2024 14:39 ‧ 10/06/2024 por Lusa

Política

10 Junho

Pedro Pinto falava aos jornalistas em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, onde representou o Chega na cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Na sua intervenção nesta cerimónia, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu um "futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras" do país e que não se repitam os incêndios de há sete anos nesta região: "Tragédias como as de 2017 nunca mais".

Segundo o líder parlamentar do Chega, foi "um discurso bom do senhor Presidente da República, curto, mas muito virado para dentro do país, e isso é fundamental".

"Agora esperemos apenas que os políticos não tenham apenas palavras, e o que tem acontecido no nosso país é que os políticos têm tido muitas palavras para o interior, mas poucos atos", afirmou Pedro Pinto, considerando que "o investimento tem faltado".

Na sua opinião, "está preparada para acontecer uma nova tragédia, porque as estradas continuam sem limpeza, as florestas continuam a crescer desalmadamente, portanto, as coisas continuam todas mais ou menos da mesma maneira, pouco ou nada mudou aqui na zona de Pedrógão, e particularmente no IC8, desde 2017 até agora".

Segundo Pedro Pinto, o Chega está "disposto a viabilizar as melhores propostas para os portugueses, venham do Governo ou venham da oposição", em defesa do investimento no interior do país.

Como exemplo, apontou o fim da cobrança de portagens em autoestradas do interior antigas SCUT, medida proposta pelo PS e que foi aprovada com votos contra de PSD e CDS-PP.

"Tudo que seja bom e fator de coesão territorial. Esperemos que este Governo de Luís Montenegro pense nisso também", acrescentou.

Leia Também: "Se procurarmos o interesse nacional, chegaremos a consensos"

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