Na abertura das jornadas parlamentares do CDS-PP, o deputado deixou o repto ao PS que "participe na negociação da redução do IRC, como fez em 2014, tendo aliás nessa altura votado favoravelmente a redução do imposto".
"Tão importante como reduzir o IRC é garantir a estabilidade fiscal dessa redução. Daí que seja tão importante que o maior partido da oposição faça parte desta reforma para garantir confiança e segurança aos investidores, que esta reforma é estável e irá permanecer depois do atual ciclo político", defendeu.
Paulo Núncio disse esperar que "o PS possa responder afirmativamente", considerando que "a economia agradeceria".
O vice-presidente do CDS-PP sustentou que a redução faseada do IRC até 15%, proposta pelo Governo, vai permitir "relançar o crescimento económico" e "garantir empresas mais robustas e a melhoria das remunerações dos trabalhadores".
Paulo Núncio alertou ainda que "os portugueses não entenderiam que dois partidos que alegadamente não têm nada em comum, o PS e o Chega, se aliassem de novo, numa nova 'cheringonça', para inviabilizar o Orçamento do Estado para 2025, sem apresentarem qualquer solução alternativa".
"Os portugueses também não entenderiam que o país fosse arrastado para uma nova crise política menos de um ano depois das últimas eleições. O que os portugueses querem é que o Governo do PSD e do CDS continue a governar e a governar bem, como governou nestes últimos 100 dias, e querem que a oposição tenha um comportamento de responsabilidade política e maturidade democrática", salientou.
O deputado garantiu que "esta maioria está forte, está coesa e preparada para governar durante quatro anos, até ao fim da legislatura".
Fazendo um balanço dos 100 dias desde que o Governo entrou em funções, Núncio considerou que "é a todos os níveis francamente positivo, para desespero de uma esquerda que ainda não percebeu que perdeu as eleições e desânimo dos populistas que ainda sonham com novos amanhãs que cantam cada vez mais longínquos".
"O nosso governo PSD/CDS conseguiu em 100 dias muito mais do que governos recentes do PS conseguiram no mesmo período. Reduziu impostos, promovei a paz social, tornou a imigração mais controlada, revogou contribuições e medidas que atacavam a propriedade privada, promoveu um plano nacional para salvar o SNS, tomou a decisão da localização do novo aeroporto de Lisboa. É obra e é obra de todos nós", afirmou.
O deputado centrista considerou que o "Governo está a trabalhar e está a trabalhar bem" e que "o país melhora" com a governação PSD/CDS-PP.
Uma das áreas que o CDS-PP assumiu como prioritária para os próximos tempos prende-se com a Defesa, e o partido quer "acompanhar reforço do investimento" a "atualização dos incentivos e condições remuneratórias dos militares e a valorização dos antigos combatentes".
Sobre o CDS-PP, o líder parlamentar destacou que estas jornadas marcam o regresso do partido à Assembleia da República e visam "invocar os 50 anos do CDS no parlamento e preparar os próximos 50 anos".
"Quando aumentam os populismos, os radicalismos e a gritaria é importante relembrar o legado consistente do CDS enquanto representante de uma direita com princípios", sustentou.
Paulo Núncio transmitiu ainda que o líder do CDS-PP e ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, enviou à embaixadora dos Estados Unidos da América "uma mensagem condenando fortemente o atentado" contra o candidato presidencial Donald Trump e disse que esta situação "merece o maior repúdio e condenação" por parte do partido.
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