Montenegro diz que PS e Chega são "duas faces da mesma moeda"
O primeiro-ministro acusou hoje o PS e o Chega de serem "duas faces da mesma moeda" da irresponsabilidade política, e os socialistas de estarem a fazer "um exercício de contorcionismo político digno de uma peça trágico-cómico".
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
Política Estado da Nação
Na abertura do debate do estado da nação, Luís Montenegro apontou no seu diagnóstico "a confusão da oposição", dizendo já saber que "havia muita incoerência e havia muita inconsistência"
"Mas, ver o Partido Socialista exigir mais baixas de impostos, exigir um acordo com professores, com as forças de segurança, que nunca teve vontade de fazer, abolir portagens que se tinham recusado a reduzir o valor, assistir a tudo isto, exigindo a este Governo que fizesse em 60 dias o que não fizeram em 3.050 dias, tem sido um exercício de contorcionismo político digno de uma peça trágico-cómica", apontou.
Como outra face do que classificou de irresponsabilidade, Montenegro criticou o Chega por "apoiar tudo isto com convicção e orgulho" e apontou que o contributo que o antissistema trouxe para dentro do sistema "foi a birra, a imaturidade, o oportunismo".
"Se alguém ousasse ter dito antes das eleições que o Chega ia levar o Partido Socialista às cavalitas, para o Partido Socialista se agarrar às costas do Chega, para ambos governarem a partir do parlamento, qualquer pessoa diria que isso era uma loucura, mas hoje é, efetivamente, uma realidade destes 100 dias. São opções, são legítimas", disse.
Para o primeiro-ministro, o PS "não se importou de comer o fruto que dizia que era proibido" e "o Chega não se importou de comer o fruto que dizia apodrecido".
"Proibido e apodrecido foi o fruto apetecido do Partido Socialista e do Chega nos primeiros 100 dias desta legislatura", resumiu.
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