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"Há divergências" mas PAN "disponível para não deitar toalha ao chão"

Inês Sousa Real afirma que há linhas vermelhas que não quer ver ultrapassadas no OE2025, mas está disponível para dialogar.

"Há divergências" mas PAN "disponível para não deitar toalha ao chão"
Notícias ao Minuto

11:10 - 19/07/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Inês Sousa Real

O PAN foi o primeiro partido a ser recebido pelo Governo, num encontro que visa discutir o Orçamento do Estado para o próximo ano.

 

No final do encontro, que decorreu no Palácio de São Bento, Inês Sousa Real afirmou que “temos algumas visões diferentes”, há “divergências pontuais”, mas que o partido está “disponível para não deitar a toalha ao chão”.

A líder do partido referiu que alguns dos pontos de divergência estão relacionados com os apoios aos serviços médico-veterinários, com a alimentação dos animais de companhia, a redução ou mesmo a isenção de IVA nos produtos menstruais, temas que o Governo “entende de forma diferente”.

Reconheceu, por isso, que "há necessidade de diálogo em prol do país".

Questionada se há linhas vermelhas que o partido não vai deixar passar, Inês Sousa Real disse que para o partido “há medidas que são indispensáveis” como as de apoio às famílias e “há linhas vermelhas que não devem ser ultrapassadas”.

Dentro desta opinião, elencou as “deduções com as despesas da habitação, a revisão dos escalões de IRS consoante a taxa de inflação e ainda garantir que não há retrocessos nos apoios à proteção animal”.

A porta-voz do PAN disse esperar que a proposta do Orçamento do Estado para 2025 não fique capturada pela visão programática do Governo, pedindo que mantenha o diálogo que agora iniciou.

"Para o PAN, este Orçamento do Estado não pode ficar capturado pelo que possam ser as restrições ou a visão meramente programática do programa de Governo da Aliança Democrática (AD). Nós precisamos de garantir que se dá continuidade a este diálogo que agora foi encetado, quer em setembro, quer em outubro", declarou, fazendo saber que o sentido de voto do partido em relação à proposta orçamental não vai depender apenas do que for negociado, mas também da execução do Orçamento do Estado para 2024, atualmente em curso.

O Governo recebe hoje os partidos, num encontro que deveria ser liderado por Luís Montenegro. O primeiro-ministro teve que cancelar a sua presença nos encontros por motivos de saúde, tendo sido substituído pelo ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.

Após o PAN, seguem-se os encontros com Livre, PCP, BE, IL, Chega, PS e, por último, uma reunião conjunta com PSD e CDS-PP marcada para as 18h30.

O Orçamento do Estado para 2025 tem de ser entregue no parlamento até 10 de outubro e os 80 deputados que suportam o executivo minoritário PSD/CDS-PP não são suficientes para a sua aprovação, sendo necessária ou a abstenção do PS (78 deputados) ou o voto favorável da bancada do Chega (50 parlamentares).

[Notícia atualizada às 11h34]

Leia Também: A prova dos nove do Governo. Montenegro recebe partidos para discutir OE

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