PAN exige necropsia "urgente" a lince Bores apreendido na Madeira
Animal foi devolvido aos donos mas depois de ser sedado com um dardo tranquilizante nunca mais recuperou.
© PAN
Política lince
O Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) pede uma necropsia "urgente" ao lince Bores que morreu após ser apreendido e devolvido aos donos, depois de ser sedado com um dardo tranquilizante.
O partido começa por recordar que Bores foi "um animal cuja vida foi marcada por diversos erros que culminaram num desfecho trágico".
"Desde a domesticação ilegal de um animal selvagem até às medidas que foram adotadas da sua apreensão e posterior processo de devolução com recurso a sedação, houve falhas significativas que necessitam ser rigorosamente apuradas pelas entidades competentes, através da promoção do Ministério Público", realça o PAN.
Perante o "desfecho trágico" de Bores, o partido exige agora uma investigação profunda para apurar todas as razões e responsabilidades envolvidas, sendo urgente a realização da necropsia para o efeito, entre outras diligências processuais".
Para garantir "transparência e justiça", o PAN vai assim solicitar ao Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) "a apreensão imediata do corpo do lince para a realização de uma necropsia", assim como "vai pedir acesso ao auto de notícia e relatório que o acompanham para que todas as responsabilidades sejam devidamente apuradas".
"Esta situação é um triste exemplo de como a falta de cuidado e respeito pelos direitos dos animais pode levar a consequências irreparáveis. Vamos continuar a lutar para que casos como este não se repitam e para garantir que os direitos dos animais sejam sempre protegidos", afirma Marco Gonçalves, Comissário Político do PAN na Madeira, defendendo que "o sistema falhou para com o Bores e temos de acautelar que não volta a falhar quer ao nível preventivo, quer na atuação de situações como esta".
Recorde-se que Bores morreu ontem, dias depois de ser devolvido à família sedado com um dardo tranquilizante. Anteriormente, o animal tinha sido apreendido e colocado numa jaula, um ambiente completamente diferente do que sempre tinha conhecido.
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