Primeiro-ministro? "Está desfasado da realidade" de Portugal
O comentador Miguel Sousa Tavares assinalou que o Governo mantém uma "alternância cíclica" entre dizer que herdou, do anterior Executivo contas públicas "péssimas", mas que "agora estão ótimas" e permitem as medidas anunciadas por Montenegro na 'rentrée' do PSD.
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Política Miguel Sousa Tavares
O comentador Miguel Sousa Tavares afirmou, na quinta-feira, que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, está "desfasado da realidade" do país depois de anunciar novas medidas na Festa do Pontal, que marcou a 'rentrée' política do Partido Social Democrata (PSD).
"Quando cheguei a Lisboa e vi o cartaz do PSD de que 'Portugal está no bom caminho', depois comparei com o discurso de Luís Montenegro no Pontal e eu achei que alguém estava desfasado da realidade, e parece-me que é o primeiro-ministro", disse Miguel Sousa Tavares num espaço de comentário na CNN Portugal.
Para o comentador, o Governo mantém uma "alternância cíclica" entre dizer que herdou, do anterior Executivo contas públicas "péssimas", mas que "agora estão ótimas" e já que permitem as medidas anunciadas por Luís Montenegro, que passam por um aumento extraordinário das reformas em outubro, passe ferroviário nacional e abertura de mais vagas em medicina.
Sobre o aumento das pensões, Miguel Sousa Tavares considerou que esta "é sempre uma boa medida eleitoral”.
Já o passe ferroviário nacional é para o comentador um "é um castigo" e não "um bónus". "Se houver aderentes a este passe, pode-se dizer que deve ser das poucas vezes que a CP vai ter passageiros voluntários, e não por obrigação”, considerou.
O comentador defende esta ideia com as condições da CP que não são ideias a vários níveis: "São aqueles magníficos comboios que vêm do século XX, alguns talvez até do século XIX, modelos de conforto", ironizou. Miguel Sousa Tavares relembrou ainda que é "preciso que a CP não esteja em greve, depois é preciso que não esteja atrasada, depois é preciso andar naqueles comboios".
Sobre a saúde, Luís Montenegro anunciou mais vagas nos cursos de medicina e o comentador defendeu que o problema não passa por falta de médicos. "Não temos falta de médicos em Portugal, nem temos falta de dinheiro. Temos falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde", explicou o comentador, referindo uma "péssima gestão" e dando como exemplo as férias dos médicos em agosto.
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