O ex-ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, comentou os próximos passos da política nacional, desde o Orçamento do Estado (OE) às eleições autárquicas.
"O OE vai ocupar setembro, outubro e até à votação final em novembro. A abordagem das eleições autárquicas vai também depender muito da votação do OE", referiu Carneiro no seu espaço de comentário na CNN Portugal.
O ex-governante considerou que "uma coisa é partirmos para as autárquicas com estabilidade política, outra coisa é ter instabilidade política por uma crise orçamental".
No caso do OE não ser aprovado, "ou se faz um Governo em gestão por duodécimos ou se fazem novas eleições", o que será "sempre um cenário de crise" e de "instabilidade".
Contudo, na sua opinião, "a iniciativa política tem de competir ao Governo", que tem de "dialogar com o maior partido da oposição", referindo-se ao Partido Socialista (PS), que "tem feito um esforço de humildade democrática de se aproximar" do atual executivo.
"O PS deve negociar, mas deve haver linhas vermelhas, deve haver uma espécie de freio relativamente ao Orçamento", nomeadamente no que diz respeito ao "equilíbrio das contas públicas" e na continuação da "trajetória de redução da dívida pública", declarou ainda Carneiro.
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