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"Kamala Harris é personificação do sonho americano"

O mais jovem eurodeputado português, Bruno Gonçalves, do Partido Socialista (PS), considera que a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris "é a personificação do sonho americano", antevendo que a juventude norte-americana irá ajudar a elegê-la.

"Kamala Harris é personificação do sonho americano"
Notícias ao Minuto

08:53 - 23/08/24 por Lusa

Política Bruno Gonçalves

Em entrevista à agência Lusa, à margem da Convenção Nacional Democrata, que terminou na quinta-feira em Chicago, Bruno Gonçalves destacou o papel inspiracional que Kamala Harris pode ter para milhões de crianças e jovens norte-americanos.

 

"Sem dúvida nenhuma que Kamala Harris é a personificação do sonho americano: uma mulher negra que pode chegar à Presidência pelo seu próprio pé, pelo seu próprio mérito, pelo seu próprio trabalho e com a ajuda de muitos, muitos jovens que acreditam nela para ser Presidente dos Estados Unidos da América", disse Bruno Gonçalves.

Numa observação sobre aquele que foi o primeiro Presidente negro dos Estados Unidos, o eurodeputado afirmou que Barack Obama "não foi só por um grande comunicador", mas acabou também por ser uma figura inspiracional para várias gerações, que viram nele "um conjunto de aspirações, de igualdade, eternidade, solidariedade, de justiça".

O jovem político do PS acredita que Kamala Harris devolveu esse sentimento à população.

"Um jovem que hoje queira estar no Partido Democrata, sente que a partir dos 18/20 anos pode ser candidato, pode ser procurador-geral, poder ser 'mayor' e um dia pode vir a ser Presidente. E isso é o sonho americano corporizado numa mulher", sublinhou, destacando o "percurso normal" desta mulher "que não vem de uma escola de topo dos Estados Unidos" e que tem conseguido ser a "primeira" muitas vezes ao longo da sua carreira.

O eurodeputado, de 27 anos, que acompanhou a Convenção em Chicago, lamentou a "enorme divisão na política" norte-americana, mas antevê que a juventude irá sair às ruas para as presidenciais, agendadas para 05 de novembro, advogando que esta "não é uma geração que queira perder valores adquiridos, que queira perder liberdades conquistadas".

Ao longo da Convenção Nacional Democrata, que terminou na quinta-feira em Chicago, Kamala Harris e Tim Walz aceitaram as respetivas nomeações como candidatos a presidente e vice-presidente dos Estados Unidos, numa corrida em que enfrentarão o magnata republicano Donald Trump, após Joe Biden ter renunciado à corrida à Casa Branca.

Desde o início do evento, que arrancou na segunda-feira, milhares de manifestantes reuniram-se a poucos quilómetros do United Center, local onde decorreu a Convenção, em protesto contra a posição do Governo de Joe Biden e Kamala Harris de continuar a financiar a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza, que já fez mais de 40 mil mortos.

Vários manifestantes disseram à Lusa, em Chicago, que não irão votar em Kamala Harris por causa do contínuo apoio a Telavive, avaliando que a atual vice-presidente mantém a mesma postura de Biden.

Esse descontentamento vem sendo visível desde as eleições primárias, no início do ano, quando milhares de democratas decidiram votar em branco, em protesto pela forma como o atual Governo democrata tem apoiado Israel.

Para Bruno Gonçalves, o Partido Democrata tem de encontrar "um meio-termo" no seu discurso e "não pode continuar a apoiar uma guerra sem fim, uma guerra contra inocentes".

Leia Também: Promessas, guerras, impostos, aborto e até Trump. O discurso de Kamala

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