Em declarações à margem da presença do líder do Governo numa reunião com militantes social-democratas da distrital do Porto no âmbito das eleições diretas do partido que decorrerão na sexta-feira, o governante revelou já terem "algumas confirmações" para as reuniões agendadas para terça-feira e quarta-feira.
Questionado se Luís Montenegro também estará ausente na quarta-feira, na reunião agendada com o Chega, depois de ter confirmado que não estará, também, na véspera, Pedro Duarte explicou que, no presente, as "reuniões têm alguma tecnicidade" e que "as conversas que o primeiro-ministro certamente terá com outros líderes partidários decorrerão num outro patamar, num outro momento".
Assegurando que o Governo "não está a teatralizar a negociação", o ministro assegurou que "o primeiro-ministro não deixará de ter conversas com os líderes da oposição", lembrando que "as reuniões, provavelmente, irão demorar um mês".
Sobre o anúncio hoje do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos de que não iria à reunião de terça-feira, Pedro Duarte não viu nisso "nenhum drama": "haverá momentos em que o líder do PS terá oportunidade para falar com o primeiro-ministro sobre esta matéria".
Também questionado sobre o otimismo hoje afirmado pelo Presidente da República quanto à aprovação do Orçamento de Estado, o governante destacou que Marcelo Rebelo de Sousa "tem sido uma voz de sensatez e uma voz construtiva a olhar para o futuro do país".
Insistindo, sobre as negociações, que "a abertura de espírito [do Governo] é total", afastou polémicas sobre as acusações de "traição" avançadas pelo líder do Chega, de quem disse, também, não fazer a mínima ideia se acabará por reunir com o Governo na quarta-feira.
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