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Hugo Soares pede "recato" aos deputados até reunião entre Governo e PS

O líder parlamentar do PSD deu esta quarta-feira indicação aos deputados sociais-democratas para não participarem em debates na comunicação social até à reunião entre o primeiro-ministro e o secretário-geral do PS, na sexta-feira, sobre o Orçamento do Estado para 2025.

Hugo Soares pede "recato" aos deputados até reunião entre Governo e PS
Notícias ao Minuto

17:30 - 25/09/24 por Lusa

Política Orçamento do Estado

Numa mensagem enviada aos deputados, noticiada pelo Observador e a que Lusa teve acesso, Hugo Soares invoca para esta decisão a necessidade de recato e de não criar "ruído desnecessário" que possa ser usado "como desculpa pela oposição" para não aprovar o documento.

 

"Tomei a decisão, que gostava que compreendessem, que os deputados do PSD (onde eu me incluo, evidentemente), não farão mais nenhum debate na rádio ou televisão até haver a reunião entre o primeiro-ministro e o secretário-geral do PS", disse.

E justifica: "Creio que é um sinal de maturidade política e de recato para não criarmos ruído desnecessário que possa contribuir para que os partidos da oposição usem como desculpa para não atingirmos o desiderato que o país e nós queremos: a aprovação do OE para 2025".

O primeiro-ministro e o secretário-geral do PS vão ter na sexta-feira a primeira reunião pública sobre o Orçamento do Estado para 2025, depois de meses de troca de argumentos entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos.

A reunião, marcada para as 15:00 na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, será a primeira entre os líderes dos dois maiores partidos sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano, depois de duas rondas negociais entre Governo e partidos da oposição em que Montenegro não esteve presente (na primeira, por motivos de saúde, na segunda por opção do executivo), o que levou o secretário-geral dos socialistas a também não integrar a delegação do PS.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 tem de dar entrada na Assembleia da República até 10 de outubro e tem ainda aprovação incerta, já que PSD e CDS-PP (partidos que suportam o executivo) somam 80 deputados, insuficientes para garantir a viabilização do documento.

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