"Dedicou-se ao lodo da extrema-direita". Isabel Moreira critica Moedas

Isabel Moreira apontou que, da mesma forma que "sabemos bem quem se sente e se sentirá legitimado por esta indignidade", referindo-se ao partido de extrema-direita Chega, também "sabemos quem ficou mais desprotegido", nomeadamente os imigrantes.

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06/10/2024 11:18 ‧ 06/10/2024 por Notícias ao Minuto

Política

Isabel Moreira

A deputada socialista Isabel Moreira teceu duras críticas contra o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, que considerou, durante o seu discurso nas cerimónias oficiais do 5 de Outubro, que o país não pode "aceitar uma política de portas escancaradas que conduz à desordem". Na ótica da socialista, o autarca “dedicou-se ao lodo da extrema-direita”.

 

“No dia 5 de Outubro de 2024, o presidente da CML dedicou-se ao lodo da extrema-direita. ‘Portas escancaradas’ e ‘imigração descontrolada’, etc. Fica registado”, escreveu a deputada, este domingo, na rede social X (Twitter).

Isabel Moreira foi mais longe, tendo apontado que, da mesma forma que “sabemos bem quem se sente e se sentirá legitimado por esta indignidade”, referindo-se ao partido de extrema-direita Chega, também “sabemos quem ficou mais desprotegido”, nomeadamente os imigrantes.

Durante o seu discurso, que foi amplamente criticado pela Esquerda, Moedas alertou para os problemas da imigração, tendo defendido a necessidade de "uma política de imigração que valoriza e traz dignidade a quem chega ao nosso país".

"Hoje assistimos a manifestações de um drama humanitário que nos envergonha a todos como país. Nós precisamos de imigração, mas não podemos aceitar uma política de portas escancaradas que conduz à desordem, dá espaço a redes criminosas e multiplica casos de escravatura moderna", disse.

O responsável argumentou também que, se Portugal tem hoje "um claro problema de pessoas em situação de sem-abrigo, deve-se também à irresponsabilidade em lidar com a imigração”.

“Esta irresponsabilidade aumenta a desconfiança na nossa sociedade e alimenta os extremismos de um lado e de outro", alertou.

Recorde-se que este foi o primeiro 5 de Outubro no atual quadro de Governo minoritário chefiado por Luís Montenegro, na sequência das legislativas antecipadas de 10 de março.

Na tradicional sessão solene na Praça do Município, em Lisboa, que foi pelo segundo ano consecutivo vedada ao público, marcaram também presença, entre outras individualidades, o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.

Antes dos discursos, foi hasteada a bandeira portuguesa na varanda do Salão Nobre dos Paços do Concelho, ao som do hino nacional.

Leia Também: Do "Napoleão" a "mais do mesmo". Reações aos discursos do 5 de Outubro

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