"Esta ministra da Saúde tem como padrão fazer braço de ferro com o setor"
A ex-coordenadora bloquista, Catarina Martins aponta irresponsabilidade por parte da ministra da saúde. Já Cecília Meireles defende que o sindicato ao "não propor serviços mínimos estava a pôr em risco a vida das pessoas".
Política Catarina Martins
"<span class="news_bold">Não vamos responsabilizar os técnicos que fizeram uma greve às horas extraordinárias (...) pela incompetência de uma ministra", defendeu a ex-coordenadora bloquista, Catarina Martins, no espaço de comentário 'Linhas Vermelhas, da SIC Notícias, apontando que Ana Paula Martins "faz de conta que ficou surpreendida com uma situação que ela já sabia que ia acontecer".
Catarina Martins, num debate 'acesso' com Cecília Meireles marcado pelas mortes associadas a alegados atrasos e falhas no atendimento do INEM, na sequência da greve do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, que foi entretanto suspensa, afirmou que a situação "é irresponsável mas é pior do que ser irresponsável, é um padrão porque esta ministra da saúde tem como padrão fazer braço de ferro com o setor da saúde. Trata o SNS e todo o setor da saúde como inimigos".
A posição reiterada pela ex-coordenadora bloquista é oposta por Cecília Meireles que vincou que “a questão fundamental aqui" é "outra".
"Diz respeito ao sindicato e diz respeito à ministra porque o sindicato sabia que ao não decretar serviços mínimos ou não propor serviços mínimos estava a pôr em risco a vida das pessoas e o diretor do INEM e a ministra sabiam ou não sabiam que ao não haver serviços mínimos isso podia pôr em risco a vida de pessoas”, declarou a comentadora.
Até ao momento, 11 pessoas morreram devido a eventuais falhas no atendimento pelo 112. A procuradoria-Geral da República instaurou sete inquéritos relacionados com estes casos, sendo que um deles foi, entretanto, arquivado.
Já a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, pediu à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para instaurar um processo para averiguar se foram cumpridos os serviços mínimos obrigatórios durante a greve dos técnicos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no passado dia 4 de novembro.
A greve foi suspensa na quinta-feira depois de Ana Paula Martins ter convocado o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) para uma reunião, a qual levou à assinatura de um protocolo negocial com a tutela.
Leia Também: Governo instaura processo para saber se INEM cumpriu serviços mínimos
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