IL esperava que prioridades da Comissão Europeia fossem mais detalhadas

O eurodeputado liberal João Cotrim de Figueiredo criticou hoje a falta de pormenorização dos objetivos apresentados por Ursula von der Leyen para a próxima Comissão Europeia.

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© Reinaldo Rodrigues/ Global Imagens

Lusa
27/11/2024 14:35 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

Comissão Europeia

Pouco depois da aprovação pelo Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo (França), do colégio de comissários de Ursula von der Leyen para os próximos cinco anos, o europarlamentar da IL considerou que era importante aprová-lo, já que "esta Comissão tem de entrar em funções com todos os poderes".

 

O eurodeputado considerou que "quem não percebeu a urgência dos problemas" com os quais a União Europeia está deparada, "não está a ver bem" a sua dimensão.

No entanto, o antigo presidente da Iniciativa Liberal criticou as prioridades apresentadas por Ursula von der Leyen durante a intervenção que fez ao início da manhã e que antecedeu a votação.

"Os pilares da 'Bússola da Competitividade'... A bússola deve ser para não perder o Norte. O crescimento, a simplificação [dos processos burocráticos]... Tudo isso está muito bem. Depois diz que cada um dos pilares [da Bússola da Competitividade] é suportado por um conjunto de atitudes e de ações, de simplificação, de investimento e de retenção de talento", sustentou o eurodeputado.

"Nada disto é pormenorizado, o investimento não se quantifica", lamentou.

João Cotrim de Figueiredo considerou que "para um último discurso" antes da derradeira votação do colégio de comissários, a presidente da Comissão Europeia podia ter sido "mais concreta".

Talvez não o tenha sido, advogou, porque "já sabia que não estava em risco" de falhar a eleição.

O Parlamento Europeu aprovou hoje -- com 370 votos favoráveis, 282 contra e 36 abstenções -- o novo colégio de comissários, novamente liderado por Ursula von der Leyen.

A aprovação surge após escrutínio parlamentar (incluindo audições aos comissários europeus indigitados) e intensas negociações nas últimas semanas entre as três maiores forças partidárias da assembleia europeia (centro-direita, socialistas e liberais) para um acordo político sobre os sete nomes pendentes de um total de 26, alcançado há uma semana e para o qual foram cruciais várias cedências.

Ursula von der Leyen foi, em julho passado, reeleita no cargo de presidente da Comissão Europeia, que desempenhará novamente a partir de 01 de dezembro num segundo mandato de cinco anos.

O seu próximo executivo comunitário é composto por 11 mulheres entre 27 nomes (40% de mulheres e 60% de homens), uma das quais a comissária indigitada por Portugal e antiga ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que vai ocupar a pasta dos Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos.

Num contexto de tensões geopolíticas - devido à guerra da Ucrânia causada pela invasão russa e de conflitos no Médio Oriente -, de concorrência face aos Estados Unidos e China e de transição política norte-americana, Von der Leyen quer, nos próximos cinco anos, apostar na competitividade económica comunitária, nomeadamente 'puxando' pela inovação, descarbonização e segurança.

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