No requerimento do grupo parlamentar do PS, os deputados referem que a Megasa, sociedade que detém a Siderurgia Nacional, anunciou a paragem forçada das suas fábricas de aço no Seixal e na Maia, entre 26 e 28 de novembro, devido à duplicação do preço de mercado da energia, alertando que "o escalar do preço da eletricidade tem estado a impossibilitar o regular funcionamento das unidades fabris em Portugal".
O PS quer por isso ouvir a audição da ministra do Ambiente e Energia "sobre o aumento dos preços de eletricidade no segmento não doméstico".
Os socialistas querem que Maria da Graça Carvalho faça um "ponto de situação dos projetos de energias renováveis na Siderurgia Nacional" e clarifiquem as regulações nacionais e europeias sobre energia.
Em 26 de novembro, quando anunciou esta paragem na produção, a Megasa-Siderurgia referiu, em comunicado, que "no curto prazo, esta redução drástica na produção das fábricas do Seixal e da Maia é economicamente insustentável para a maior indústria eletrointensiva em Portugal, que gera 700 empregos diretos, mais 3.500 indiretos e exporta, anualmente, o equivalente a 900 milhões de euros".
O grupo assegurou que "o escalar do preço da eletricidade tem estado a impossibilitar o regular funcionamento das unidades fabris do grupo em Portugal", acrescentando que, neste momento, "as fábricas do Seixal e da Maia programam diariamente a sua laboração, em função dos períodos em que os valores por megawatt hora permitem a atividade das duas unidades".
"Face a estes constrangimentos, a Megasa tem ativamente procurado soluções para desligar o seu custo de eletricidade do custo do gás natural e implementar, através de investimento próprio, projetos em regime de autoconsumo renovável, que lhe garantam, ao mesmo tempo a descarbonização da eletricidade consumida e custos compatíveis com a sua competitividade internacional", referiu.
A empresa deu o exemplo da "criação de um parque fotovoltaico na fábrica da Maia", ressalvando, no entanto, que "os projetos apresentados pela Megasa para responder a estes desafios na fábrica do Seixal estão dependentes de aprovação junto das autoridades públicas, locais e estatais".
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