André Rijo, que renunciou ao cargo de presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos depois de ter sido eleito deputado nas listas do PS nas legislativas de 10 de março deste ano, vai assumir agora esta tarefa de coordenar no PS as eleições autárquicas de 2025, as primeiras do ciclo de Pedro Nuno Santos como líder socialista.
Em declarações à agência Lusa, o socialista afirmou que o objetivo do PS para esta corrida eleitoral "é continuar a ser o principal partido em termos de responsabilidade autárquica" e manter a liderança de Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias (Anafre).
Sobre os principais desafios destas eleições, André Rijo apontou "as dificuldades inerentes ao novo contexto em que o PS tem mais presidentes de câmara em final de ciclo político por força da limitação de mandatos", manifestando, no entanto, confiança que o trabalho que foi realizado vai ser valorizado pelas populações e o PS poderá continuar os projetos locais.
"Mais do que preparar candidaturas autárquicas temos que preparar presidências autárquicas", defendeu.
Sobre os desafios das principais cidades como Porto e Lisboa e outras capitais de distrito onde o PS está afastado do poder, o coordenador autárquico disse apenas ter a expectativa de recuperar algumas capitais de distrito e que está certo que terão bons resultados, sem detalhar quais são.
Em relação ao facto de o PS estar desta vez na oposição - nas eleições de 2021 e 2017 estava no Governo -, André Rijo considerou que executivo e autarquias "são coisas completamente distintas" e não "é possível estabelecer uma relação direta".
Antes de renunciar ao mandato para assumir o seu lugar como deputado, André Rijo tinha suspendido o mandato autárquico em 29 de janeiro para integrar a lista de candidatos do PS pelo distrito de Lisboa.
O advogado era presidente de câmara desde 2013 e cumpria o seu último mandato autárquico.
Em termos políticos, foi presidente da comissão politica concelhia do PS de Arruda dos Vinhos, deputado municipal (2005-2009) e vereador (2009-2023) da oposição no mesmo município.
Então com António Costa como secretário-geral do partido, o PS venceu as eleições autárquicas de 2021 com 34,22% dos votos e 148 câmaras conquistadas em listas próprias - um resultado pior que o de 2013 quando o partido, na altura liderado por António José Seguro, tinha ganhado 149 municípios e registado 36,26% dos votos -, além do concelho de Felgueiras, no distrito do Porto, ganho em coligação com o Livre.
Leia Também: Atual presidente da câmara de Valongo vai ser candidato à Maia pelo PS