Mariana Mortágua reagiu, esta quinta-feira, à notícia de que Eurico Castro Alves terá pedido para sair da comissão que avalia o plano de emergência da saúde, projeto para o qual foi nomeado como coordenador.
A decisão surge, recorda o Público, depois de, há duas semanas, um grupo de médicos ter partilhado uma carta em que questionam “a existência de conflitos de interesse em vários dirigentes" da Ordem dos Médicos (OM). Eurico Castro Alves encabeçava essa lista.
"Se fosse o único conflito de interesses, estaríamos bem. Mas não é. O plano de emergência foi entregue a uma Loja do PSD da saúde no norte", escreve a coordenadora do Bloco de Esquerda, elencando em seguida uma série de situações que sustentam a sua afirmação.
"Castro Alves encabeça a Ordem dos Médicos do Porto e organiza uma rede de interesses privados na saúde. Tem interesses em hospitais privados e ligações ao lançamento de seguradoras privadas de saúde. Está, com uma mão cheia de quadros do PSD, nos órgãos sociais da Misericórdia do Porto, que explora o hospital da Prelada", escreve, acrescentando, por fim: "Por orientação do Plano de Emergência, feito por Castro Alves, o governo entregou 65 milhões ao Hospital da Prelada".
Recorde-se que, em maio deste ano, o Ministério da Saúde formou um grupo de trabalho, coordenado por Eurico Castro Alves, para a definição do plano de emergência do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O antigo presidente do Infarmed terá agora pedido ao bastonário da Ordem dos Médicos para ser afastado.
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