Em declarações à Lusa antes do lançamento da sua candidatura, o candidato explicou que reside no município há seis anos e que "foi Murça que o fez querer ser político", depois de ter ocupado os últimos anos "a recuperar as vinhas e o património vitícola da família".
"Ou seja, eu já sou militante do PS há quase 20 anos, mas nunca tive uma participação política ativa, portanto eu costumo dizer que não me tornei político em Murça, Murça é que fez de mim um político, pelo facto de me interessar pelos problemas deste território e que os territórios do interior enfrentam e que eu também acabo por viver", explicou o candidato.
Sobre a sua ambição política disse que é vencer, acusando a solução política do PSD de estar "não apenas esgotada como falhada, porque nenhum dos problemas que atingem este território se alterou ou se amenizou nos últimos oito anos".
E insistiu: "os problemas que temos no nosso território não são exclusivos do concelho de Murça, acontece no interior, de uma forma geral e, portanto, com esse argumento, vai-se empurrando com a barriga e interiorizando que isto é uma quase uma fatalidade e não reagimos e nem tomamos as iniciativas de cariz político que é necessário tomar".
Como problemas identificou o "despovoamento, o definhamento económico e social dos territórios de baixa densidade, como é o caso de Murça", garantindo que o programa da sua candidatura "vai procurar dar resposta a isso".
"É um programa que também vai estar vocacionado para aquilo que é o coração do nosso concelho, que é a agricultura, uma atividade que tem de estar no centro das políticas municipais", disse.
O antigo Ministro da Administração Interna (MAI), José Luís Carneiro, participou também no lançamento da candidatura, tendo afirmado à Lusa que André Lage "é uma luz que ilumina o território", expressando, por isso, "desejo de que ela possa constituir exemplo para muitos outros jovens em todo o país".
As próximas eleições autárquicas deverão decorrer entre setembro e outubro de 2025.
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