O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, visitou esta sexta-feira o Martim Moniz, em Lisboa, onde a Polícia de Segurança Pública (PSP) fez, na quinta-feira, uma "operação especial de prevenção criminal", e voltou a criticar a ação das autoridades, defendendo que a ação "não fez nada pela segurança dos portugueses".
"São pessoas que querem continuar a trabalhar em Portugal. Temos problemas aqui, que têm sido identificados, e temos de dar resposta aos problemas reais, não aos imaginários. E para esses não ouvi nem da parte do primeiro-ministro, nem do presidente da Câmara de Lisboa soluções concretas para resolver os problemas de insegurança que também afligem as pessoas que moram aqui", defendeu Pedro Nuno Santos, rodeado por moradores e comerciantes da freguesia de Santa Maria Maior.
Sentindo-se "revoltado" e "envergonhado", o socialista não tem dúvidas de que há uma instrumentalização das forças de segurança por parte do Governo e não é "só de ontem".
"As ações preventivas fazem parte, mas a lei prevê e exige que sejam proporcionais. Temos muitas dúvidas sobre a proporcionalidade e legalidade da ação de ontem. Tem de ser explicada, bem como os seus fundamentos, ao Parlamento e ao país", acrescentou o secretário-geral do PS.
A PSP realizou, na tarde de quinta-feira, uma "operação especial de prevenção criminal" na zona do Martim Moniz, Lisboa, sobretudo para deteção de armas e droga. Terminou com dois detidos.
Numa nota divulgada, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP explicitou que a operação na freguesia de Santa Maria Maior teve como objetivo "alavancar a segurança e tranquilidade pública da população residente e flutuante" e que "está a decorrer na zona da Praça do Martim Moniz, área onde frequentemente se registam ocorrências que envolvem armas".
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