No final da reunião do Secretariado Nacional do PS na qual anunciou uma comissão de inquérito potestativa ao caso da empresa familiar do primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos defendeu que Portugal vive uma "situação de crise política" e que o "principal fator de instabilidade política em Portugal é o primeiro-ministro".
"Não abdicaremos de nenhuma figura regimental e constitucional, nomeadamente da moção de censura, sendo que o PS só a apresentará quando entender que é o momento adequado para o fazer", afirmou.
O secretário-geral do PS considerou que neste momento "o foco deve estar no apuramento da verdade", algo que "nenhuma campanha resolve", defendendo que os "portugueses têm o direito de saber que políticos" têm e que primeiro-ministro é que nos últimos meses governou Portugal.
"O PS não tem medo de eleições. O PS foi muito claro, disse que se o senhor primeiro-ministro apresentasse uma moção de confiança ela teria o chumbo do PS", enfatizou.
Pedro Nuno Santos recordou que, quando se candidatou à liderança do PS na sequência da demissão de António Costa, já havia eleições legislativas antecipadas marcadas.
"É neste quadro que nós sempre fizemos o nosso trabalho, não só como umas eleições marcadas, mas depois de um ciclo longo de poder do PS e portanto o nosso problema não são eleições, o nosso foco é antes saber e apurar a verdade porque os portugueses têm o direito de saber a verdade", defendeu.
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