O cabeça de lista e líder regional do partido, José Manuel Rodrigues, elencou a saúde como o "primeiro problema" para resolver, nomeadamente no acesso a consultas, exames e cirurgias, mas também tendo em consideração a necessidade de aumentar a capacidade dos lares, face ao envelhecimento da população.
O candidato falava aos jornalistas no decurso de uma visita à Santa Casa da Misericórdia da Calheta, na zona oeste na Madeira, no âmbito da campanha eleitoral.
"Estamos preocupados com a instabilidade política da Madeira e esperemos que das próximas eleições saia um governo estável, que governe durante quatro anos e que resolva três grandes problemas que afligem os madeirenses", afirmou.
O CDS-PP sinaliza a saúde, a habitação e a distribuição da riqueza como os três grandes problemas da região.
"Estamos a crescer em termos de produto interno bruto, estamos a crescer em termos de turismo e em termos económicos, mas a verdade é que isso não tem tido reflexos na vida das pessoas", disse, para logo acrescentar: "É preciso valorizar os salários, reduzir os impostos, aumentar os rendimentos das classes menos favorecidas, da classe média e também dar mais oportunidades aos jovens".
Em 2019, o CDS-PP estabeleceu um acordo de governação com o PSD, partido que governa a região autónoma desde 1976, indicando dois secretários regionais e garantido a presidência da Assembleia Legislativa da Madeira, cargo que continua a ser desempenhado por José Manuel Rodrigues.
Em setembro de 2023, os partidos concorreram coligados, mas não obtiveram a maioria absoluta e formaram governo com apoio do PAN.
Já nas eleições antecipadas de maio de 2024, avançaram sozinhos, mas assinaram um acordo de incidência parlamentar, insuficiente para assegurar a maioria absoluta, tendo o PSD formado um governo minoritário, o primeiro na história da autonomia.
As legislativas da Madeira de 23 de março, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
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