Madeira. Reivindicações sociais precisam de "voz" no parlamento, diz CDU

O cabeça de lista da CDU às eleições antecipadas na Madeira sublinhou hoje o aumento da luta reivindicativa dos movimentos sociais na região, que deve ser complementada com a força política na Assembleia Regional, para não ficar "coxa".

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© Reprodução Facebook CDU Madeira

Lusa
11/03/2025 14:13 ‧ ontem por Lusa

Política

Madeira

"Há importantes movimentos sociais a intervir e a lutar por uma vida melhor. Agora temos visto as lutas importantes, vários sindicatos que estão a lutar, a reivindicar direitos e isso é muito importante", disse Edgar Silva numa iniciativa que marca o terceiro dia da campanha eleitoral das antecipadas regionais de 23 de março.

 

A CDU (PCP/PEV) realizou uma tribuna na rua mais comercial e movimentada do centro do Funchal, a Fernão Ornelas, "para apelar ao voto, com a ideia central [de] que o povo desta região, os trabalhadores em particular, precisam de deputados da CDU no parlamento", apontou o candidato comunista.

Destacou que, nos últimos tempos, têm existido "importantes movimentos sociais a intervir e a lutar por uma vida melhor", enunciando as reivindicações e greves dos trabalhadores da Água e Resíduos da Madeira (ARM), do setor dos transportes públicos, das trabalhadoras da Santa Casa da Misericórdia de Machico e da Empresa de Cervejas da Madeira, que "têm permitido a conquista de direitos"

Edgar Silva salientou que é imprescindível que tenham "a voz, a força pelos direitos nas instituições, porque os movimentos sociais sem força política não têm o alcance transformador".

"Se não tiverem força política, não têm o alcance transformador que é necessário para ter uma vida, uma sociedade diferente, para ter uma sociedade mais justa, para ter justiça social, para que a Madeira possa superar estas situações de desigualdade social, para que a região possa alcançar metas de justiça social", disse.

Para o candidato da CDU, estes processos reivindicativos dos movimentos sociais "se não tiverem com quem contar no parlamento [regional], se não tiverem quem os represente, que seja a sua força e a sua voz na luta pelos direitos, então a força social fica manca, fica diminuída, fica coxa".

Edgar Silva recordou que "a CDU perdeu na última eleição a representação parlamentar", insistindo que "os trabalhadores perderam força política e está na hora de [a] recuperar, porque sem força política os movimentos sociais não têm a profundidade transformadora, a dimensão da conquista de objetivos sociais".

Edgar Silva afirmou ainda que a candidatura está a "trabalhar para motivar as pessoas, comprometê-las com esta linha de justiça social".

"Para termos uma conquista de direitos, temos de ter no parlamento a voz e a força dos direitos que é só a CDU", acrescentou.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem em 23 de março, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Leia Também: Madeira. CDS-PP quer "acordar da governação" para problemas da saúde

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