"Alguém quis criar uma CPI para desgastar o Governo"

O eurodeputado do Partido Social Democrata (PSD) Sebastião Bugalho afirma que a situação política que envolve Luís Montenegro era "a última oportunidade" que Pedro Nuno Santos "tinha para se salvar".

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© PSD/ Flickr

Notícias ao Minuto
15/03/2025 23:30 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto

Política

Sebastião Bugalho

O cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) nas últimas eleições europeias, Sebastião Bugalho, nega ser a favor de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à empresa familiar do primeiro-ministro, Luís Montenegro - a Spinumviva. 

 

"Se seria a favor dessa CPI? Não, por uma razão muito simples - porque vamos a eleições", afirma Sebastião Bugalho, em entrevista à CNN Portugal, este sábado.

Esclarece que a sua opinião é porque "não há momento de maior escrutínio do que uma eleição. Um candidato dá entrevistas, vai a debates, fala à imprensa todos os dias". Afirma ter "algumas reservas" devido a uma CPI que visa "diretamente um primeiro-ministro e a sua atividade profissional privada" antes de exercer funções.

"O ponto aqui é que alguém aqui quis criar uma Comissão de Inquérito para desgastar e prolongar o Governo ao mesmo tempo que fazia insinuações sem provas sobre esse Governo e sobre esse primeiro-ministro", acusa.

Para explicar a sua perspectiva, Sebastião Bugalho mostra o exemplo "inusitado" de uma CPI no caso da líder parlamentar do Partido Socialista (PS), Alexandra Leitão, que "foi ministra e secretária de estado" sendo "casada com um advogado que é fundador e sócio de um escritório de advogados".

"Nunca passou pela cabeça de ninguém - e ainda bem - fazer uma Comissão de Inquérito para ver a atividade desse escritório, o modo como os clientes desse escritório foram angariados, a relação que esse escritório teve com o Estado", aponta o eurodeputado.

Sebastião Bugalho tece críticas a uma única pessoa neste "passo perigoso para a democracia" devido a um "debate de insinuações e mentiras" - Pedro Nuno Santos.

"A partir do momento em que temos um político - não digo o PS - digo este político, este Pedro Nuno Santos, que sacrifica todo esse património democrático, toda essa cultura de diálogo em nome da sua sobrevivência política, caluniando o primeiro-ministro, com insinuações para as quais não tem prova, não tem sustentáculo", começa por referir.

"Se vamos avaliar as pessoas com base naquilo que elas poderiam ter feito então vamos ser todos condenados à priori sem termos cometido qualquer coisa alvo de condenação. É muito perigoso esse ambiente", conclui.

Mas as acusações não se ficam por aqui, Sebastião Bugalho afirma que esta situação política com Luís Montenegro só acontece por uma razão: "Em primeiro lugar, porque ele é primeiro-ministro e em segundo lugar porque Pedro Nuno Santos percebeu que esta era a última oportunidade que tinha para se salvar".

Questionado se este caminho seria perigoso, isto é, duas lideranças de PSD e PS serem colocadas em causa mediante o resultado das eleições legislativas antecipadas, garante que "seria perigoso se o PSD tivesse o mesmo comportamento tóxico e destrutivo do PS".

Leia Também: Montenegro "cometeu um erro de avaliação pessoal quando assumiu funções"

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