Em tempos de guerra comercial, "o melhor é não estar a iludir as pessoas"

Luís Marques Mendes não ficou "surpreendido" com os resultados do relatório do Conselho das Finanças Públicas, que estima que despesa de 2% do PIB em Defesa duplique défice em 2029. Quanto à situação económica, agravada nos últimos dias pela administração Trump, Marques Mendes compara a situação a um "sismo de grandes dimensões".

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© Partido Social Democrata/Flickr

Notícias ao Minuto
10/04/2025 15:45 ‧ há 4 dias por Notícias ao Minuto

Política

Luís Marques Mendes

O candidato presidencial Luís Marques Mendes comentou, esta quinta-feira, o relatório apresentado hoje pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP), alertando para a urgência de discutir a atual situação económica mundial nos debates que estão a decorrer para as Legislativas, sob risco de se poder "iludir as pessoas."

 

"Este relatório do Conselho das Finanças Públicas não me surpreende. Há sinais negros no horizonte, em termos de economia - mesmo antes desta guerra comercial das tarifas", referiu em Setúbal, em declarações aos jornalistas quando questionado sobre o assunto.

Exemplificando com o caso da Alemanha, que "já está em recessão" e que isso já acontecia antes desta guerra [comercial], Marques Mendes apontou: "Há vários sinais na Europa de que a Europa está economicamente quase estagnada. O Conselho das Finanças Públicas vem, uma vez mais, ser competente ao fazer esta análise."

Ainda quanto ao assunto, o candidato a Belém considerou que o ponto "ainda mais sério" era aquilo que ainda não foi dito pelo CFP, "porque ainda não podia estar". "É que esta guerra económica e comercial que começou nos últimos dias, desencadeada pela administração norte-americana, ainda vai complicar mais a situação económica, como todo o mundo já percebeu. Isto é um sismo, e um sismo de grande escala e dimensão. O mundo não vive isto há muitas décadas", classificou.

Marques Mendes foi ainda questionado sobre a posição da Europa perante a pausa de 90 dias que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na quarta-feira. Considerado que o bloco europeu já fez "aquilo que tinha a fazer", o candidato presidencial refletiu: "Acho que a Europa teve grande sentido de Estado. Foi moderada, equilibrada e sentada, dizendo: 'Negociação em primeiro lugar, se não houver negociação, haverá firmeza da nossa parte'".

Às tantas, depois, não há dinheiro para cumprir um conjunto grande de promessas que entretanto são feitas

Marques Mendes voltou a reforçar que era preciso ter atenção à situação, que "vai mudar as nossas vidas", e manifestou desejos de que este tema fosse debatido "com mais profundidade e tempo" durante os debates televisivos que estão a decorrer agora entre representantes dos partidos, que devem ser prudentes, e que vão a votos a 18 de maio.

"Isto é um dado novo. E às tantas, depois, não há dinheiro para cumprir um conjunto grande de promessas que entretanto são feitas. O melhor é não estar a iludir as pessoas", avisou, salientando que "não é pessimista."

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