PCP defende que Abril tem de ser "grande momento de afirmação" de exigências

O secretário-geral do PCP defendeu hoje que as celebrações de Abril devem ser "grandes momentos de afirmação das exigências" das pessoas, num contexto em que antecedem as legislativas antecipadas de 18 de maio.

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Lusa
13/04/2025 16:25 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Paulo Raimundo

"Acho que o 25 de Abril e o 1.º de Maio têm de ser grandes momentos de afirmação das exigências que se colocam na vida das pessoas. Abril está ligado à esperança que Abril abriu aos direitos, ao Serviço Nacional de Saúde [SNS], ao acesso à habitação, aos direitos do trabalho, ou seja, Abril é isso tudo", sustentou Paulo Raimundo, em declarações aos jornalistas após um almoço com apoiantes, em Loures.

 

O dirigente comunista, que falou num evento que celebra o 25 de Abril, apontou cinco pontos fundamentais para a Coligação Democrática Unitária (CDU) -- que reúne PCP e o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV): salários, pensões, creches, SNS e habitação.

Na sua intervenção, junto das cerca de 300 pessoas que participaram na iniciativa, Paulo Raimundo defendeu que o país precisa de dar prioridade ao SNS.

"Não é na baixa do IRC, não é nos benefícios fiscais, não é para os não-residentes, não é para a guerra. É para o Serviço Nacional que Saúde que importa, de uma vez por todas, investir com as condições todas necessárias para que cumpra o seu papel, esse papel que Abril consagrou na vida de todos nós", afirmou.

"Nós não precisamos de guerra. Abril acabou com a guerra. Abril consagrou um país da paz e da cooperação. Connosco, não há um cêntimo para a guerra: todo o dinheiro ao serviço do povo, dos nossos direitos. É isso que se exige", destacou.

Paulo Raimundo pediu que se façam os esforços para "abrir os caminhos de paz na Ucrânia" e a "paz e o fim do massacre e o fim do genocídio do povo da Palestina, de uma vez por todas".

O dirigente comunista sublinhou que Portugal não precisa de prestar "vassalagem aos Estados Unido" ou de "submissão aos interesses das grandes potências da União Europeia". "O que o país precisa é de produzir mais: temos condições, temos meios, temos gente", vincou.

Questionado sobre o arquivamento do processo sobre os rendimentos do líder do PSD e primeiro-ministro do Governo demissionário, Luís Montenegro, Raimundo disse que não lhe cabe comentar os trâmites legais, mas voltou a defender que este deveria ter-se demitido.

"Face ao facto de ter sido avençado durante meses, meses e meses, enquanto primeiro-ministro deveria ter tido uma atitude digna, democrática e de contributo para a democracia: que era demitir-se", sublinhou.

O Ministério Público considerou que o líder social-democrata esclareceu todas as dúvidas relativas à sua declaração de rendimentos e arquivou o processo que corria junto do Tribunal Constitucional.

A informação consta de um comunicado divulgado no sábado pelo PSD, que anexa o despacho de arquivamento, após notícias veiculadas por vários órgãos de comunicação social de que o primeiro-ministro não teria esclarecido todas as dúvidas dos magistrados relativamente às suas contas bancárias e que o processo continuaria em aberto.

No entender de Paulo Raimundo, por não se ter demitido, "o seu princípio ético ficou ferido e vai ficar ferido", mas salvou "a política e os compromissos que tem com os grupos económicos".

Leia Também: "Vida não é só trabalhar". PCP volta a propor horário laboral de 35 horas

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