Cecília Honório e Pureza defendem coordenação paritária
A deputada do BE Cecília Honório questionou hoje os delegados à IX Convenção se querem abandonar o modelo paritário de coordenação e se preferem um "partidinho com vedetinhas e grupinhos".
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Política BE/Convenção
"Como queremos que nos vejam? Na tradição coletiva e plural ou como um partidinho de vedetinhas, de grupinhos, invejas e intrigas? É esta a escolha que hoje fazemos", disse a deputada, eleita pelo distrito de Faro.
Cecília Honório intervinha na IX Convenção Nacional do BE, que termina hoje no Pavilhão Municipal do Casal Vistoso, Lisboa.
As urnas para a eleição da Mesa Nacional, o órgão máximo do BE entre Convenções, encerraram às 11:00.
Cecília Honório considerou que "seria um passo atrás" abandonar o modelo paritário de coordenação, assegurado desde há dois anos por João Semedo e Catarina Martins.
"Se alguém quer voltar a 1998 que leve a bicicleta mas o que temos à frente é mais exigente", afirmou, defendendo que "só uma política unitária poderá ser a resposta à exigência do combate à esquerda".
Nesse combate, disse, está a luta contra a corrupção "da alma do sistema", os "bens públicos nos bolsos dos privados", contra a "chantagem da dívida e a austeridade" e "contra a vergonha da pobreza infantil".
O ex-líder parlamentar do BE José Manuel Pureza, que também apoia a moção proposta pela atual direção, considerou que o BE deve continuar a apostar no "modelo de coordenação política" paritário e plural.
"Há dois anos, optámos pela paridade de género na coordenação. Chamaram-lhe bicéfala para não chamar o que ela é, paritária. Que sinal queremos dar à sociedade? Recuamos para um homem?", questionou.
A moção ligada à corrente UDP, que elegeu 262 delegados, tem como primeiro subscritor o líder parlamentar, Pedro Filipe Soares.
Os subscritores da moção U, que elegeu menos seis delegados, defendem a manutenção da coordenação paritária.
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