Marinho e Pinto está disposto a deixar Bruxelas para rumar à Assembleia da República, porém, caso não seja eleito, permanecerá num parlamento que se revelou uma “desilusão”, pelo menos até 2019, a data do fim do mandato.
Apesar de ser candidato por Coimbra, o ex-bastonário da Ordem dos Advogados garante que vai fazer campanha por todo o lado. “Vamos fazer uma campanha semelhante à que a oposição democrática fez antes do 25 de Abril”, explicou o presidente do partido ao jornal i.
Sobre o facto de apenas os partidos com assento parlamentar terem acesso aos debates televisivos das eleições legislativas, Marinho e Pinto acredita que métodos utilizados se assemelham a uma “ditadura fascista”.
“Um sistema que não consegue garantir condições de igualdade entre todos é um sistema que está à beira do fim. Este sistema assenta na mentira que o PSD e o PS são alternativa um do outro”, explica o candidato a deputado pela primeira vez.
“Estamos há 40 anos com governos do PS e do PSD e os resultados são sempre os mesmos, porque o país está mais pobre ao mesmo tempo que se acumulam fortunas entre as clientelas desses partidos”, acusa o advogado.
Marinho e Pinto sabe que ao candidatar-se por Coimbra corre o risco de não ser eleito, já que de outra forma estaria a violar as suas “convicções”. “Se for eleito deixarei o Parlamento Europeu com todas as suas mordomias e assumirei o lugar na Assembleia da República”, concluiu.