Em entrevista ao Diário Económico, o líder do Partido Democrático Republicano apela aos portugueses para que não deem a maioria absoluta nem à coligação, nem ao Partido Socialista, pois “nenhum dos dois partidos merece uma maioria, muito menos absoluta”. E vai mais longe: “O melhor seria banir esses dois partidos”.
E quanto ao Presidente da República, Marinho e Pinto descreve-o como sendo a “expressão visível das instituições democráticas”.
“Basta ver o que ele fez acerca do BES quinze dias antes de ruir, em que aconselhou os portugueses a comprarem ações. Se tivesse um pingo de decência demitia-se e desaparecia deste país”, atirou.
Na senda de críticas, houve ainda espaço para atirar algumas farpas ao PCP, frisando que “voto inútil é o voto na CDU que anda há décadas a dizer a mesma coisa”. Mas nem o Bloco de Esquerda escapou com o ex-bastonário da Ordem dos Advogados a afirmar que, à semelhança do PCP, também o Bloco “forçou a vinda da troika” ao “votar contra o PEC IV porque este não lhe dava todas as razões de protesto”.
E por falar no governo de José Sócrates, Marinho e Pinto condenou a ausência do tema corrupção dos discursos dos partidos.
“Nenhum partido quer falar da corrupção porque todos têm culpas no cartório, desde Sócrates a Vara, passando por Duarte Lima, quadrilha do BPN, Miguel Macedo ou Paulo Portas… e o primeiro é o senhor António Costa. A corrupção devia ser o primeiro tema da campanha, temos um ex-primeiro-ministro preso e ninguém fala nisto?”, rematou.